Acredita-se que as vacinas tenham sido pensadas pela primeira vez no século X pelos Chineses (veja bem, Chineses!) através da inoculação de vírus atenuados retirados das cascas de feridas dos doentes. Os estudos apontam que os “médicos” da época buscavam combater a varíola.
Mas, o registro mais fidedigno é o da pesquisa do cientista inglês Edward Jenner, que em 1798 cunhou o termo “vacina” devido a sua experiência que testou a hipótese de que trabalhadores rurais não pegavam varíola, pois já haviam tido a contato com o vírus da varíola bovina. Sendo assim, ele introduziu os dois vírus em uma criança de oito anos, concluindo que a sua hipótese teria um embasamento científico, tendo em vista que a criança ficou imune, o que posteriormente foi comprovado. O termo “vacina” vem do nome científico Variolae vaccinae denominação da varíola bovina.
Por sua vez, o cientista francês Louis Pasteur em 1891, em seu aprofundamento do tema sobre as vacinas, sobretudo contra o carbúnculo, fixou o termo vacina em homenagem ao colega Inglês Jenner.
Já o soro, ou sorologia foi descrita pela primeira vez em 1890, com a descoberta da soroterapia, pelo Alemão Emil Adolf Von Behring (1º Nobel de medicina) e pelo Japonês Kitasato Shibasaburo (descobridor do agente infeccioso da peste bubônica). Por sua vez, o brasileiro Vital Brazil, desinquieto com quantidade de acidentes com serpentes no interior de São Paulo, após uma série de experimentos, em 1896, confirmou que a especificidade dos soros antiofídicos estava relacionada ao gênero das serpentes. Vital Brazil foi pioneiro, e criou embasamentos científicos para a imunologia em nível mundial.
As vacinas trazem a imunidade ativa, sendo uma substância constituída por agentes patogênicos tais como vírus ou bactérias, vivos ou inativos. Sua função é estimular o sistema imune a produzir os tão importantes anticorpos que atuam contra as doenças. Mundialmente reconhecidas as vacinas são seguras causando poucas reações adversas, sendo portando, a principal forma de prevenção de inúmeras doenças tais como: raiva, Influenza, COVID-19, febre amarela, meningite... .
Já os soros são um tipo de imunização passiva, pois a pessoa recebe os anticorpos já prontos garantindo uma imunidade imediata, porém temporária, uma vez que não há prevenção de um acometimento futuro.
Até então, a vacina mais rápida produzida no mundo, tinha sido a da caxumba, ainda na década de 1960, que demorou apenas 04 anos para ser produzida. Em média, o tempo de produção de vacinas é de mais de 10 anos.
Atualmente as discussões estão acaloradas em torno dos menos de doze meses que algumas vacinas contra Covid-19 foram aprovadas e, já estão (ainda bem) sendo aplicadas em vários de países.
Mas, mesmo a vacina do Covid-19 passando por estudos rigorosíssimos, ainda há desconfiança sobre a sua segurança. Deixando as teorias conspiratórias de redes sociais (o quê, diga-se de passagem, a anticiência e a desinformação são as piores pandemias) vamos aos fatos.
Não há um tempo pré-determinado para incremento de imunizantes. A duração destes processos depende de muitas variáveis, tais como: pesquisas com sucesso, recrutamento de voluntários, tempo de reação, e sobretudo dinheiro, grana, bufunfa! Nunca se ouviu dizer de tantos investimentos em tão curto espaço de tempo. Outra variável interessante é que o Covid-19 tem o genoma constituído por RNA de fita simples, o que do ponto de vista genético, é mais “fácil” de sequenciar e “mexer”.
De toda forma as tecnologias que estão sendo utilizadas na produção das vacinas não são tão novas (Vetor viral, e RNA mensageiro) estas técnicas estão sendo estudadas há décadas. Mas, com o início da “Olimpíadas das vacinas” acelerou-se, massivamente, os processos. Há de se esclarecer que os institutos de promoção das vacinas são instituições sérias e conceituadas, e merecem sim credibilidade.
Entendo a pulguinha atrás da orelha de algumas pessoas com relação a vacina contra o Covid-19, claro o tempo foi deveras curto, mas o investimento humano, tecnológico e financeiro foi alto, e estamos e 2021, no auge dos processos tecnológicos.
Só não podemos acreditar que a vacina tem chip, que vai causar autismo, que vai mudar o sexo, que é um projeto para matar as pessoas, pois estes argumentos foram pauta da Revolta da Vacina no início do século passado!
Confie na ciência, mas se for desconfiar, desconfie com conhecimento e embasamento científico também!
No mais, vacine-se assim que sua vez chegar!
PEREIRA, Saulo Gonçalves. Vacina e soro: diferenças e importâncias. 2021. Disponível em: https://www.patoshoje.com.br/blog/vacina-e-soro-diferencas-e-importancias-65565.html. Acesso em: dia, mês. ano.
AJP
22/01/2021 13:48Ou seja, nosso presidente está "preso" no começo do século passado, pois os argumentos utilizados por ele são da época da revolta da vacina. Bruto, ignorante e ultrapassado.
BISPO
21/01/2021 13:27CIENTIFICAMENTE UMA VACINA OU QUALQUER PRODUÇÃO CIENTÍFICA PRECISA DE TEMPO E ANÁLISES ESTATÍSTICAS PARA SE OBTER CERTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO. ESTAMOS EM TEMPO DE DESCONFIAR DE TUDO. A MÍDIA, AS INSTITUIÇÕES E PRINCIPALMENTE OS QUE SE COLOCAM COMO FORMADORES DE OPINIÃO, ESTÃO TODOS ALIENADOS AO SISTEMA MAFIOSO ESQUERDISTA. PODE OBSERVAR, OS BLOGUEIROS DA ATUALIDADE NÃO CONSEGUIRÃO NEM PATROCÍNIO PARA SEUS ESPAÇOS. AS EMPRESAS CONHECEM A VERDADE. SIGA FIRME, BOLSONARO!!!
AJP
22/01/2021 13:49Credo, dá até asco ler um comentário desse.
Julesca
21/01/2021 17:57mas, não foi exatamente isso o que doutor falou? Que ciência precisa de tempo e investimento e que as técnicas ja eram conhecidas? Credo vcs são fracos demais na interpretação.
Consciência
21/01/2021 16:06Falou tudo!!!
Estudante
21/01/2021 13:15Brilhante. Parabéns. Existe uma pesquisa sobre o soro e o plasma contra covid tbm.