Todos os anos sem cessar ouvimos sobre a “Dengue”, e anualmente notícias de recordes de casos voltam à mídia, causando uma sensação de que tal mazela é um fato sazonal (pelo menos não deveria ser), e sazonalmente o vírus retorna de uma forma mais forte. Mas, por quê não aprendemos a lição?

A Dengue é uma doença transmitida pelos mosquitos do gênero Aedes: Aedes aegypti e Aedes albopictus, porém o primeiro é mais frequente. A doença causa febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 05 a 07 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. 

Até maio de 2022 em Patos de Minas já são mais de 4.600 casos, porém se sabemos dos seus malefícios, se sabemos sua época de ocorrência, se conhecemos a biologia do mosquito, então porque ainda temos tantos casos?

Não seria uma conscientização mal feita? Não seria culpa dos órgãos competentes? Ou seria culpa de uma falta de Educação Ambiental efetiva?

A resposta é: todas as anteriores! 

Assim, a Educação Ambiental tem papel fundamental no desenvolvimento das pessoas apontando para as necessidades de se construir uma escola e uma sociedade voltadas para a formação de cidadãos que saibam refletir sobre sua realidade! 

Estamos vivendo uma era marcada pela competição e pela excelência, onde progressos científicos e avanços tecnológicos estão presentes no nosso dia-dia, contudo ainda existem pessoas morrendo por falta de uma Educação incisiva, imbuída de atitudes e práticas. E pior tem gente morrendo por negacionismo! 

Neste mesmo norte, a Educação Ambiental que é uma proposta de mudanças de hábitos que [...] “resgata valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas e parte de um princípio de que pessoas com conhecimento tem mais respeito pela diversidade natural e cultural o que inclui a especificidade de classe, etnia e gênero [...](1), e vem em despeito a todos, sem a hipocrisia de credo, classe social, ou seja, para todos.

Dessa forma, a Educação ambiental nas suas forma formal (escolarizada) e informal (extra escola) dever ser aplicada através de uma mídia responsável, uma escola preparada para que assim possamos em pouco tempo diminuir os casos, se não erradica-los.

E só assim, poderemos fazer uma base para que ano a ano os casos diminuam até serem extintos, partindo também da perspectiva de uma Biologia aplicada, aliada a Educação Ambiental democratizada, claro que apoiada por quem dentem o caminhar de todo o processo. 

Portanto, dê uma olhadinha no quintal, e procure consumir menos, pois existe uma correlação forte entre dengue e aumento do lixo, mas isso é assunto para outro post. 

A responsabilidade não é só do governo nem só do povo! É comum! 

 

 

1 VIEZZER, M.; OVALLES, O. Manual latino-americano de educ-ação ambiental. São Paulo : Gaia, 1994