O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, tem uma trajetória histórica que remonta ao período das Grandes Navegações, originando-se no Egito e se disseminando por regiões tropicais e subtropicais desde o século XVI. O vetor foi introduzido na colônias durante o período colonial, possivelmente por meio do tráfico de escravizados. Sua identificação científica inicial ocorreu em 1762, sendo posteriormente classificado como Aedes aegypti em 1818.

De acordo com os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) o Brasil testemunhou seus primeiros casos de dengue no final do século XIX e início do século XX. Inicialmente, o Aedes aegypti foi uma preocupação devido à transmissão da febre amarela. Após sua erradicação no país em 1955, houve um relaxamento nas medidas de controle, resultando na reintrodução do vetor na década de 1960. Desde então, o mosquito está presente em todo o território nacional.

Em maio de 2022, eu escrevi aqui sobre a dengue e, de lá para cá, os índices apenas aumentam, e infelizmente mesmo com conscientização, mídia, fumacê nada parece melhorar. 

Porém, em função da ciência, de pesquisas de ponta, neste início de 2024, Patos de Minas implementou uma tecnologia biológica inovadora e sustentável, utilizando mosquitos Aedes aegypti do Bem™ para controlar a população das fêmeas transmissoras de doenças de forma eficaz. 

E como funciona? Uma tecnologia inovadora consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti machos autolimitantes, que não picam nem transmitem doenças. Esta solução utiliza uma caixa reutilizável e refis contendo ovos de mosquitos. Os ovos se desenvolvem dentro da caixa quando ativados com água limpa. Os mosquitos machos voam para o ambiente urbano, procuram e acasalam com as fêmeas Aedes aegypti. Apenas os descendentes machos sobrevivem e herdam a característica autolimitante dos pais, reduzindo o número de fêmeas que transmitem doenças e controlando a população do Aedes aegypti.

Mitos e Verdades sobre a Dengue de acordo com o CMI Brasil

Mito: Secar os lugares onde há água parada é suficiente.

Verdade: Além de secar, é necessário limpar, pois os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por mais de um ano sem água.

 

Mito: O mosquito da dengue pica apenas durante o dia.

Verdade: Sim. Ele pica durante o dia, mas não produz zumbido.

 

Mito: Apenas a fêmea do mosquito pica.

Verdade: Sim, ela precisa de sangue para amadurecer seus ovos e pode colocar até 500 ovos durante sua vida.

 

Mito: Velas de citronela ou andiroba ajudam no combate ao mosquito 

Verdade: Esses recursos têm efeito temporário e indeterminado.

 

Mito: Inhame e complexo B ajudam na prevenção da dengue.

Verdade: Não, esses métodos não são eficazes, pois o efeito varia de acordo com o metabolismo da pessoa.

 

Mito: É possível distinguir a picada do Aedes aegypti da picada de um mosquito comum.

Verdade: Não, a sensação de coceira é semelhante em ambos os casos.

 

Mito: O mosquito não se reproduz tão rápido em climas frios.

Verdade: Durante o inverno, a larva entra em hibernação, mas eclodem novamente com as chuvas e altas temperaturas.

 

Mito: O uso de repelentes ou inseticidas é a solução definitiva.

Verdade: Não. Esses métodos são paliativos; o ideal é eliminar os criadouros do mosquito.

 

Mito: O ar condicionado e o ventilador impedem as picadas do mosquito.

Verdade: Não, o mosquito é atraído pelo dióxido de carbono exalado pelas pessoas.

 

Mito: Todas as pessoas picadas pelo mosquito transmissor desenvolverão a doença.

Verdade: Não. Primeiro, o mosquito precisa estar contaminado com o vírus.

 

Mito: Hidratação ajuda a curar a dengue.

Verdade: Sim. A hidratação é fundamental para o tratamento da doença.

 

Mito: O uso de paracetamol é seguro para tratar os sintomas da dengue.

Verdade: Embora comumente usados, o paracetamol pode comprometer a função hepática se usado em excesso.

Fontes: CMI Brasil, Dengue/acessa.com.