A cratera Tycho é uma das mais proeminentes na face visível da Lua. Isso porque ela possui um sistema de raias bastante brilhante e que se prolonga por quase 1500 km de extensão. Como a grande maioria das crateras lunares, Tycho também se originou após o impacto de algum grande corpo rochoso na superfície da Lua, por volta de 100 milhões de anos atrás conforme a análise das amostras trazidas pela missão Apollo 17. Podemos perceber que o sistema de raias é praticamente inexistente na região oeste da cratera, o que indica um impacto oblíquo de algum asteroide ou cometa vindo desta direção.

           A cratera tem um diâmetro de 86 km e uma profundidade de cerca de 7,5 km de profundidade. Em seu centro observamos o cume característico das crateras simples, com cerca de 2 km acima do piso da cratera. Ao redor de Tycho observamos inúmeras outras crateras, de tamanhos variados, sobrepondo crateras ainda mais velhas. Algumas destas estruturas menores são denominadas de secundárias, pois foram formadas pela ejeção de material oriundo do impacto principal. Ao contrário das crateras mais antigas, que sofreram degradação por impactos subsequentes, Tycho apresenta bordas bem definida, com alto brilho, cercada por um sistema distinto de raias.

Cratera Tycho – Foto de Gilberto Dumont/Observatório Dumont

Cratera Tycho – Foto de Gilberto Dumont/Observatório Dumont

 

          Situada na região sul da Lua, a cratera foi batizada em homenagem ao grande astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546 – 1601).   

          Pelo alto coeficiente de albedo (capacidade de refletir a luz), a cratera Tycho é facilmente vista a olho nu durante uma lua cheia, quando a luz solar incide perpendicularmente na superfície visível.

        Abaixo fizemos uma complementação com fotos tiradas pelo Observatório Dumont (Patos de Minas) e da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA, que registrou de forma evidente o pico central da cratera. A curiosa pedra que aparece no cume da montanha tem cerca de 110 metros de comprimento. 

Fotos evidenciando a cratera e seus acidentes. Adaptação: Observatório Dumont  Créditos: Carlos Ayres / LROC / NASA

Fotos evidenciando a cratera e seus acidentes.
Adaptação: Observatório Dumont 
Créditos: Carlos Ayres / LROC / NASA