O Centro Viva Vida atende pacientes com diabetes e hipertensos de toda a região. Os equipamentos estão amontoados há meses em uma sala ampla que foi construída para abrigar o serviço de fisioterapia. São macas, mesas, tripés, ventiladores e até um retinógrafo. Esse equipamento é utilizado para detectar problemas de visão, comuns em pacientes com diabetes.
A coordenadora do Centro Viva Vida, Naiara Rodrigues Mendonça e a enfermeira Milce Burgos receberam os vereadores Otaviano Marques, José Lucilo, José Osmar, Tonhão da Copasa e Vicente de Paula, mas não quiseram gravar entrevista. Quem falou sobre a situação dos equipamentos foi Jean Ferreira Soares, diretor de serviços especializados.
Jean explicou que os equipamentos não são necessários para a manutenção do Centro Viva Vida, que já está todo equipado. Questionado da possibilidade de levar o material para atender outras unidades, ele informou que os equipamentos pertencem ao Governo do Estado e que uma mudança depende de autorização do Governo de Minas.
Com relação ao retinógrafo, Jean disse que o equipamento não está funcionando porque o município não dispõe de um médico oftalmologista para realizar os exames. Ele explicou que o município já realizou diversos processos seletivos, mas que não houve interessados em ocupar a vaga.
Jean aproveitou para reclamar das condições do prédio. O Centro Viva Vida foi construído pelo Governo de Minas e inaugurado recentemente, mas sofre com problemas estruturais. As infiltrações fizeram buracos no teto, as paredes apresentam vazamentos de água e a rede elétrica também apresenta problemas. Jean disse que fez um relatório e encaminhou para o Governo do Estado acionar a empreiteira responsável pela obra.
A situação dos equipamentos deixados na sala incomodou os vereadores. Otaviano Marques disse que a Câmara pode aprovar um projeto aumentando o salário do médico para facilitar a contratação do profissional que vai atender a população. Os parlamentares demonstraram preocupação com o problema.
Autor: Maurício Rocha
