Casas vizinhas foram afetadas com o desabamento de Igreja.

O que todos os vizinhos temiam aconteceu. A Igreja Evangélica interditada pelo Corpo de Bombeiros no dia 29 de abril em Patos de Minas desabou na noite dessa quarta-feira (06). E para piorar a situação, a estrutura acabou danificando pelo menos três casas que estavam encostadas na construção. Por sorte, ninguém se feriu.

O barulho acordou toda a vizinhança. Ele veio acompanhado de uma nuvem de poeira e de um rastro de destruição. Era o fim de uma obra erguida pelo esforço e pela fé e pela solidariedade de dezenas de evangélicos da Igreja Assembleia de Deus Missão. Do templo localizado na rua dos Caetés, no Bairro Caramuru, restou apenas a fachada.

O desmoronamento, no entanto, já era previsto. No dia 29 de abril, o Corpo de Bombeiros interditou o templo, depois que a estrutura apresentou rachaduras nas paredes e no piso e começou a desabar. A parede lateral teve que ser escorada com madeira para não vir abaixo. Os responsáveis pela igreja culparam a construção que começa a ser feita ao lado. Já os responsáveis pela obra afirmam que a Igreja foi construída sem os pilares de sustentação.

Em meio a polêmica ficaram os moradores vizinhos. A dona de casa Natália Antônio da Silva disse que passou os últimos dias tentando convencer os pastores da Igreja a demolirem o templo para evitarem o mal maior. Ela reclama que foi ignorada pelos religiosos que não perceberam o problema que estava por vir.

Além do desabamento da Igreja, outras três casas foram danificadas. Nos fundos da casa da dona Cleusa Lucas havia uma meia-água e uma varanda que também vieram abaixo. Móveis e eletrodomésticos foram danificados, assim como a motocicleta que estava na varanda. A família está sem água porque os canos estouraram.

Prejuízo também para a dona Natália que tanto insistiu para que a Igreja fosse demolida. Os cômodos dos fundos da casa também foram danificados. O desabamento não fez vítimas, mas foi por muito pouco. Até minutos antes, o senhor Simão Martins costurava em um dos cômodos que desabou. A máquina de costura foi destruída.

Os moradores cobram a intervenção das autoridades para resolver o impasse entre os responsáveis pela Igreja e o dono da obra. Eles esperam ser ressarcidos pelos prejuízos que tiveram.

Autor: Maurício Rocha