Pela experiência de 22 anos no serviço público, Marcos era braço direito no Programa Municipal de Combate a Dengue.
O agente de endemias Marcos Antônio Santos registrou um boletim de ocorrência e foi para a imprensa denunciar o que ele chama de perseguição da administração municipal. O servidor alega que teve o cartão de ponto deletado e foi transferido para outro setor, simplesmente por pedir tratamento igual para duas servidoras que foram flagradas cometendo irregularidades no serviço.

Pela experiência de 22 anos no serviço público, Marcos era o braço direito no Programa Municipal de Combate à Dengue, sugerindo ações e coordenando de forma voluntária o trabalho de combate à dengue. Também coube a ele investigar denúncia de que uma servidora estava computando residências sem fazer o trabalho de investigação. A chamada “canetada” foi confirmada e a servidora foi suspensa por 30 dias.

Passados alguns dias, outra servidora foi denunciada na ouvidoria do SUS por uma moradora que dizia não receber a visita de um agente de endemias há cerca de dois anos. Nova investigação foi feita, a “canetada” foi constatada, mas ao invés de ser punida como a outra, esta servidora foi promovida a supervisora do Programa de Combate à Dengue, segundo Marcos.

O servidor disse que cobrou tratamento igual para as duas servidoras e que passou a sofrer retaliações dentro da Prefeitura. Mais tarde, ele descobriu que a servidora flagrada cometendo irregularidades é casada com o sobrinho do prefeito Pedro Lucas e, segundo ele, esse seria o motivo do tratamento diferenciado e das perseguições.

Além de registrar o boletim de ocorrência, Marcos também levou o caso à Câmara Municipal e ao Ministério Público. O vereador Francisco Frechiani convocou o secretário municipal de administração para prestar esclarecimentos.

O Patos Hoje entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura e aguarda uma resposta para o caso.

Autor: Maurício Rocha