As janelas foram depredadas e as paredes pichadas.

A situação do Estádio Comunitário Edson Nunes de Paula, no Bairro Vila Rosa, está de fazer dó. Sem zelador e limpeza, o espaço público utilizado pelos moradores, principalmente pelas crianças para a prática do futebol, está praticamente abandonado aos vândalos. Várias portas e janelas do estádio foram destruídas. A grama está morrendo e há pichações por todos os lados. As mães das crianças querem uma providência das autoridades.

Os sinais de abandono estão por todas as partes no estádio. Os banheiros estão imundos e o lixo se acumula pelas arquibancadas. As janelas e portas estão praticamente todas danificadas. Um cômodo chegou a ser incendiado. Falta material esportivo. A grama está morrendo porque uma peça da bomba do poço artesiano estragou e não há água para fazer a irrigação. As paredes estão todas pichadas com folhas de maconha e outros dizeres ofensivos.

As instruções acontecem diariamente no estádio por um instrutor da prefeitura que atende dezenas de crianças e adolescentes. Mas, nos últimos dias, muitos têm deixado de frequentar o local por causa dos problemas. As mães de duas crianças que participam do projeto estão indignadas com o descaso. Ione Maria Mendes Vieira e Juliana Vieira da Silva cobraram uma atitude da prefeitura, pois sabe da importância do estádio para os filhos e toda a comunidade.

Ione e Juliana reconheceram o trabalho de Antônio Ribeiro de Castro, o instrutor que já trabalha com os filhos há mais de anos. De acordo com as mães, ele faz um trabalho diferenciado e digno de elogios. “Além de ensinar a prática do futebol, ele também conversa com os garotos sobre os problemas das drogas, ensina a ter disciplina e a se manterem longe de pessoas mal intencionadas”, contaram. “Todos o adoram”, completaram.

As crianças também estão com medo de perder o espaço. Rafael Gonçalves e Charles Emanuel contaram que gostam muito de participar das aulas e temem que o projeto seja cancelado e o estádio continue abandonado. Durante a reportagem, os garotos mostraram que realmente adoram as aulas e querem continuar no projeto. Pudemos presenciar uma aula do instrutor sobre as pichações que danificam o patrimônio público e os garotos mostraram o maior respeito.

E com o acontecimento dos últimos dias, até o instrutor, que trabalha na Prefeitura há 15 anos, também se mostrou desanimado. Antônio Ribeiro disse que ama trabalhar com o futebol para contribuir com a diminuição dos problemas sociais, mas sem apoio está bastante difícil. “Não temos bola, a grama está acabando e os vândalos estão invadindo nosso espaço”, afirmou. Todos os moradores querem uma providência para os problemas.

Entramos em contato com o Secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Fábio Amaro, e ele informou que já foram levantados todos os problemas do estádio para ser feito o conserto do espaço. Um zelador ou um rondante será contratado mais rápido para fazer a segurança. O secretário informou que, por causa das questões burocráticas, em dois meses todos os problemas devem estar solucionados.

Autor: Farley Rocha