Os estandes eram motandos na praça da avenida Getúlio Vargas. ( Foto: Arquivo Patos Hoje )

Diretores da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL e do Sindicato do Comércio Varejista – Sindcomércio - anunciaram nessa quarta-feira (06) a desistência da realização da Feira da Pechincha na Praça da avenida Getúlio Vargas este ano. As entidades não conseguiram alvará de funcionamento junto a Prefeitura para a montagem dos estandes.

A polêmica em torno da Feira da Pechincha não é de agora. O Ministério Público enviou uma recomendação ao prefeito Pedro Lucas sugerindo que ele não emitisse alvará de funcionamento para a feira. O órgão alega que a montagem dos estandes causa estragos na praça da avenida Getúlio Vargas que é tombada pelo Patrimônio Histórico. Laudo técnico do Conselho do Patrimônio Histórico e até mesmo um trabalho feito por estudantes mostram os danos causados pela feira.

Diante da recomendação do Ministério Público, o prefeito Pedro Lucas decidiu negar o pedido de alvará de funcionamento. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sebastião Andrade, que também dá nome a feira, lamentou a decisão e anunciou o fim da Feira da Pechincha que chegaria a sua 21ª edição.

Os organizadores da Feira chegaram a informar que levariam o caso à Justiça, mas o presidente do SindComércio, Sebastião Andrade, em entrevista a repórter Milene Mesquita deu a entender que não confia no Judiciário. “Eu confio mais em um juiz de futebol do que num juiz de direito”, afirmou o presidente da entidade.

Sebastião Andrade questionou também a atitude do Ministério Público de impedir apenas a realização da Feira da Pechincha, sendo que existem outros eventos sendo realizados na avenida Getúlio Vargas. O Ministério Público informou que este é apenas o primeiro inquérito aberto e que outras atividades que causem danos ao Patrimônio Histórico também poderão ser questionadas pelo órgão.

Autor: Maurício Rocha