Os moradores estenderam faixas por toda a avenida.

Os moradores da Ivan Borges Porto e imediações estão revoltados com a novela que se tornou as obras de canalização da avenida. A obra chegou a sua fase final, mas foi interrompida e a situação está crítica. Para sensibilizar as autoridades responsáveis, os moradores fizeram faixas e estenderam por toda a avenida. Os moradores estão revoltados com a situação e querem providências.

O construtor Anivaldo Simeon do Carmo é um dos que estão indignados. Ele contou que já faz tempos que a obra está parada e espera uma solução de forma rápida. “A situação está crítica,”ressaltou.  O vereador Ditinho que também é morador nas imediações também está apoiando a ação dos moradores. Segundo ele, o sofrimento é grande e a autoridade responsável tem que tomar uma providência. “Não tem como limpar a casa”, afirmou.

O vereador informou que a Câmara Municipal já fez um pedido para solucionar o impasse, mas nada foi feito. “Do jeito que está não pode ficar”, concluiu. Ângela Melo também mostrou sua indignação. Ela contou que é muita lama, poeira e não é só isso. Os moradores passaram a conviver com ratos, baratas e insetos de todos os tipos. “As crianças estão adoecendo e muitos moradores estão mudando da avenida”, contou.

E as reclamações não param por aí. Mônica Porto disse que a situação está afetando todos da região. Ela contou que os moradores fizeram uma reunião e todos contribuíram para a confecção das dez faixas. “Não precisa nem perguntar, todos estão revoltados com a situação que está realmente caótica”, desabafou. Todos querem uma atitude. “Os comerciantes estão sofrendo com os prejuízos”, complementou.

A moradora disse que não vai parar de manifestar. “Nós vamos até plantar milho aqui”, ironizou. A obra orçada no valor de R$ 2.653.000.00 poderia ter sido finalizada já no ano passado, conforme informação da empreiteira responsável. Depois disso, houve outros problemas e ela acabou parando mais de uma vez. Por último, ela foi interrompida devido a uma solicitação de aditivo por parte da empreiteira. A administração ficou de analisar se o dinheiro é legítimo, mas até o momento a resposta não saiu.

Para ver a obra concluída, o Ministério Público também entrou na briga. O Promotor de Justiça, Paulo César Freitas, no dia 06 do mês passado, concedeu um prazo de 30 dias para que o executivo analisasse o pedido da empreiteira e resolvesse o impasse, mas o prazo acabou e as obras não foram reiniciadas. Os moradores esperam que com as faixas a administração tome alguma providência e conclua as obras.

O Prefeito Municipal, Pedro Lucas Rodrigues, disse em entrevista que o dinheiro adicional, uma verba  que sairá dos cofres do município e gira em torno de R$300 mil, só será concedida com autorização da SETOP- Secretaria de Transporte e Obras Públicas de Minas Gerais. Com isso, os moradores podem continuar sem uma solução por mais um bom tempo, já que o prazo para que isso aconteça não foi definido.

Autor: Farley Rocha