As frases escritas no muro do prédio por uma pessoa não identificada mostram indignação.

A obra gigantesca na Rua Major Gote já era para estar concluída e funcionando há muitos anos, mas não foi isso que aconteceu. A obra está parada há tempos e o que serviria para abrigar escritórios ou outros comércios, está servindo apenas de abrigo para pombos e outros bichos. Revoltados, moradores escreveram no muro da frente, protestando contra o abandono.

“Vai cair? 25 anos. Até quando? Pode?” Essas foram as expressões escritas no muro do edifício. Elas mostram a indignação com o problema que está completando 25 anos. A poluição visual do prédio abandonado com seus vários andares é o primeiro problema apontado. Milhares de pessoas passam pela rua todos os dias e assistem ao abandono.

O proprietário do bar ao lado, Edmilsom Machado de Andrade, destacou outros problemas. De acordo com ele, a sujeira produzida pelas dezenas de pombos que moram no prédio é grande e pode causar doenças. “Quando chove, a água leva as fezes para a rua e o mau cheiro é forte”, contou. Ele também tem medo dos criadouros do mosquito da dengue.

E não são só esses bichos que residem na construção. Edmilsom disse que o prédio também abriga ratos e baratas que acabam adentrando seu comércio.  Outro problema que tem preocupado o comerciante é com relação à estrutura. Ele argumenta que o muro do prédio está à frente do recuo dos outros imóveis e “esconde” os comércios. Fato também que diminui o espaço na calçada para os pedestres.

Os comerciantes informaram que já fizeram um abaixo assinado para a solução do impasse, mas nenhuma providência foi tomada. Sem conclusão, alguns temem que a estrutura da obra tenha sido afetada e haja risco de desabamento. O Edifício Panorâmico foi iniciado no final dos anos 80 e seria para abrigar lojas e outros empreendimentos comerciais.

O motivo da paralisação seria um desacordo comercial entre os proprietários o que culminou em uma ação judicial. Esperando uma solução mais ágil, os moradores pediram para as autoridades e também para os proprietários resolverem o problema. “Seria bom para todo mundo”, concluiu o comerciante.

Autor: Farley Rocha