O mato já começa a tomar conta das áreas de jardim. Em uma das salas, que fica nos fundos da Praça PAC restam poucos vidros intactos.
A verba de R$ 2 milhões de reais destinada pelo Governo Federal para a construção da Praça PAC em Patos de Minas está se perdendo no desleixo da administração municipal. A enorme construção no bairro Alto Colina está pronto há meses, mas não funciona e acaba sendo invadida por vândalos e usuários de drogas. As condições em que se encontra o prédio novinho são de fazer dó do dinheiro público.

O problema foi denunciado pelo Patos Hoje em abril deste ano. Na época o espaço estava apenas sendo usado pelas pessoas de forma inadequada antes da inauguração. A Secretaria de Cultura informou que colocaria guardas no local e faria um convênio com a Polícia Militar. Os estragos foram consertados, mas a inauguração não aconteceu e a situação ficou ainda pior.

As paredes estão todas sujas novamente. Diversos vidros estão quebrados e alguns foram arrancados. O espaço que deveria atender crianças e adolescentes com atividades culturais e esportivas se transformou em ponto de tráfico e consumo de drogas. Uma das salas está tomada por latas usadas na queima do crack. Até fogueira os usuários de drogas estão fazendo dentro das salas.

E não para por aí não. O mato já começa a tomar conta das áreas de jardim. Em uma das salas, que fica nos fundos da Praça PAC restam poucos vidros intactos. Equipamentos para a instalação da rede de computação do local já estão instalados e correm o risco de serem levados, já que um dos vidros foi arrancado e o acesso é livre.

A Praça PAC custou cerca de R$ 2 milhões do Governo Federal. A área de 3 mil metros quadrados é formada por uma construção multiuso com anfiteatro, telecentro, biblioteca e Centro de Referência em Assistência Social, CRAS. O projeto contempla ainda uma pista de Skate, jogos de mesa, espaço criança, quadra coberta, equipamento de ginástica, kit básico esportivo e pista de caminhada.

A obra foi iniciada em meados do ano passado e concluída no início deste ano. O mobiliário também foi destinado pelo Governo Federal. A demora para iniciar o funcionamento compromete a enorme estrutura e deixa os moradores das imediações indignados. Eles querem que as instalações sejam colocadas em funcionamento para atender a comunidade.

Autor: Maurício Rocha