Orelhão perdido no meio do mato no bairro Chácaras Caiçaras.

Os telefones públicos já foram considerados equipamentos de primeira necessidade. Tanto que a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel – estabelece regras para a instalação dos chamados “Orelhões”. Mas na era dos telefones celulares e da internet os aparelhos estão se tornando cada dia mais obsoletos.

O orelhão perdido no meio do mato no bairro Chácaras Caiçaras em Patos de Minas é um exemplo do que vem ocorrendo com esses aparelhos. Como não há interesse por parte dos usuários, situações como esta passam praticamente despercebidas. O futuro do telefone público também não é muito animador.

Atualmente a Anatel exige que as concessionárias mantenham telefones públicos de modo que os usuários não tenham que se deslocar mais do que 300 metros para utilizar o aparelho. Os orelhões também devem ser mantidos em bom estado de conservação, em perfeito funcionamento e com informações claras de uso para os clientes. Mesmo assim, a utilização dos orelhões, segundo a concessionária que atende Patos de Minas, caiu cerca de 80% nos últimos anos.

Alguns fatores são apontados como causa para o desprezo dos telefones públicos. A primeira delas é a popularização do telefone celular. O Brasil possui atualmente mais de 280,5 milhões de telefones celulares, o que representa mais de uma linha habilitada por habitante. Outro fator apontado pelas companhias é a disponibilidade de planos que baratearam o custo da ligação.

Para 2015, o desafio das operadoras é melhorar a qualidade do serviço. Telefone sem sinal, chamadas que não se completam ou que caem no meio da conversa estão entre as principais reclamações dos usuários.

Autor: Maurício Rocha