A estrutura que custou R$ 5 milhões, possui todos os equipamentos, mas não começou a funcionar.
A polêmica em torno da UPA Porte III será alvo de investigação do Ministério Público de Patos de Minas. O curador do patrimônio público, José Carlos de Oliveira Campos Júnior, informou nessa quarta-feira (24) à repórter Simone Marques que vai abrir um Inquérito Civil Público para apurar denúncias de irregularidades e a legalidade do empréstimo de equipamentos para a cidade de Uberaba.

A Unidade de Pronto Atendimento Porte III construída no bairro Jardim Pelluzo se tornou alvo de polêmica em Patos de Minas. A estrutura que custou R$ 5 milhões, possui todos os equipamentos, mas não começou a funcionar. A nova administração alega que o prédio apresenta problemas estruturais, não possui energia elétrica suficiente e não tem funcionários.

A empreiteira responsável pela obra garantiu que os reparos de responsabilidade da empreiteira serão feitos em 20 dias. Os vereadores afirmam que foram aprovados Projetos de lei autorizando o Executivo a contratar profissionais em regime de urgência até que um concurso público seja realizado. A Câmara também aprovou um requerimento conjunto para o vice-presidente da CEMIG, Arlindo Porto, acelere a ligação da energia elétrica.

Para aumentar a polêmica, o prefeito Pedro Lucas autorizou a doação de equipamentos para a cidade de Uberaba. A cidade está enfrentando um surto de dengue. Mesas, cadeiras especiais e suportes de soro nunca usados foram levados para socorrer as vítimas da dengue. Para os vereadores de oposição é mais uma tentativa de adiar a abertura da Unidade de Pronto Atendimento.

O Inquérito Civil Público a ser aberto pelo Ministério Público vai apurar se há irregularidades na estrutura da UPA Porte III. O órgão também quer saber se o empréstimo de equipamentos para a cidade de Uberaba está dentro da lei. A investigação será coordenada pelo promotor José Carlos de Oliveira Campos Júnior, que é curador do patrimônio público.

Autor: Maurício Rocha