Quando a estrada está em condições ruins eles são os primeiros a reclamar, mas não fazem muita questão de contribuir com a conservação da pavimentação. Motoristas de veículos pesados que trafegam pela BR 365 estão desrespeitando o limite de peso estabelecido pela legislação de trânsito e fugindo do posto de pesagem instalado pelo DNIT.
Alguns minutos observando a movimentação na Balança do DNIT na BR 365 e vários flagrantes de fuga do posto de pesagem. A aferição de peso é obrigatória para ônibus e veículos de carga. Mas alguns simplesmente ignoram a balança. Outros entram no posto de pesagem, passam pela primeira balança e quando percebem que serão multados fogem da segunda pesagem.
O posto de pesagem do DNIT na BR 365 é seletivo. A primeira balança identifica se os veículos estão com excesso de peso ou não (PBT). Não havendo esse excesso, os veículos são liberados para a pista, através de semáforos. Havendo o excesso no peso bruto total (PBT), eles são direcionados para uma segunda balança, chamada balança lenta, onde são aferidos os pesos por eixo.
Após a pesagem, os motoristas com excesso de peso são direcionados por semáforos, a se dirigirem para o pátio, para posterior notificação. Ocorre que em muitos casos, os motoristas ao se verem direcionados para o pátio, desviam seus veículos de volta para a rodovia, realizando fuga.
De acordo com a assessoria de comunicação do DNIT, somente no mês de novembro de 2013, a balança instalada na BR 365 em Patos de Minas registrou 17.641 pesagens na balança seletiva, sendo que 26,8 % (4.713) desses veículos de carga fugiram.
Segundo o inspetor Harley Batista, da Polícia Rodoviária Federal, os motoristas com excesso de carga preferem pagar a multa pela fuga da balança do que por excesso de peso. Isso porque a multa pela fuga da pesagem gira em torno de R$ 127,00, enquanto a multa por excesso de peso é de aproximadamente R$ 53,00 por cada 200 quilos de excesso. De acordo com o policial, já houve flagrante de veículo com até 20 toneladas a mais do que o peso permitido.
Como não existe uma fiscalização mais rigorosa, os motoristas menos conscientes preferem fugir da balança. A Polícia Rodoviária Federal diz que não tem efetivo suficiente para acompanhar e fazer com que os motoristas passem pelo posto de pesagem. À população, só resta lamentar os prejuízos.
Segundo o DNIT, o excesso de carga reduz a vida útil das rodovias. “Quando se restaura uma rodovia, a previsão de sua vida útil é de 8 a 10 anos, e com a falta de controle mais rigoroso nas balanças, essa vida útil é reduzida para 3 a 4 anos, causando um prejuízo enorme aos cofres públicos”, conclui a nota encaminhada pelo órgão.
Autor: Maurício Rocha
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