O imponente palacete, no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a rua Olegário Maciel, bem no centro da cidade, pertence ao empresário Alexandre Biagi, proprietário de uma fábrica da Coca-Cola. Desde de 2009, ele vem sendo pressionado pelo Ministério Público para fazer a restauração do imóvel que sofre com a ação do tempo.
O Palacete de Amadeu Maciel é um dos imóveis de maior valor artístico e cultural de Patos de Minas. Construído na década de 30 para abrigar o irmão do então governador de Minas, Olegário Maciel, o prédio em estilo eclético faz parte do inventário do patrimônio histórico. A beleza e a imponência da estrutura, atraem os olhares de quem passa por ali.
Para manter o imóvel de pé, o Ministério Público entrou com uma ação na Justiça em 2009 e conseguiu uma Liminar estipulando valor de R$ 500 mil de multa caso o imóvel fosse demolido. Um ano depois, o próprio empresário procurou a Curadoria do Patrimônio Histórico e propôs a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta para fazer a restauração. O TAC estipulava prazo para elaboração de um projeto de restauração.
Como o prazo não foi cumprido, o Ministério Público executou o TAC e a Justiça condenou o empresário a pagar multa de R$ 22 mil por litigância de má fé e outra multa de R$ 20 mil a titulo da coletividade de Patos de Minas. Isso foi em 2012. Um novo prazo foi estipulado para a apresentação do projeto de restauração e também não foi cumprido.
No início deste mês, o Ministério Público voltou a se reunir com representantes do empresário Alexandre Biagi e determinou que as obras de restauração do Palacete de Amadeu Maciel sejam iniciadas imediatamente. O imóvel já está cercado, mas ainda não é possível ver a movimentação de profissionais no local.
A determinação do Ministério Público é para que a fachada do imóvel seja totalmente restaurada e para que o telhado seja recuperado para evitar que as goteiras danifiquem o interior do imóvel.
Autor: Maurício Rocha
