A Casa da Promoção Humana está com um número muito maior de internos. (Foto: Arquivo Patos Hoje)

O Patos Hoje mostrou na última semana o drama vivido pela Casa de Promoção Humana com a superlotação. Muita gente se sensibilizou. As doações vieram de todas as partes, encheram a despensa e amenizaram o risco de faltar comida para os internos. Mas o problema da superlotação continua. Com a interrupção do programa que oferece passagens para migrantes e moradores de rua, muitos não têm como sair da cidade.

Cerca de 10 migrantes e moradores de rua desembarcam em Patos de Minas todos os dias. Para evitar que eles permaneçam na cidade, aumentando os problemas sociais do município, a Prefeitura criou no passado o Programa Migrante-Morador de Rua. Esse programa acolhe os passageiros e oferece passagens de ônibus para o destino mais próximo na direção da cidade de origem.

Há alguns dias, no entanto, o Programa foi interrompido. Sem as passagens, migrantes e moradores de rua chegam a Patos de Minas e permanecem na cidade. É por isso que a Casa de Promoção Humana está superlotada. Até a semana passada eram mais de 30 pessoas se espremendo em um espaço que cabe apenas 16. Com a proximidade da Fenamilho a tendência é de que esse número aumente muito mais.

A direção da Casa de Promoção Humana agradeceu as inúmeras doações de gêneros alimentícios, colchões e cobertores recebidas após a veiculação do problema nos meios de comunicação, mas permanece na expectativa de que o problema seja resolvido mais rápido. Além do grande número de pessoas presentes na casa, existe um número grande de pedidos para entrar.

O secretário de desenvolvimento social, Geraldo Magela, informou que a interrupção do fornecimento de passagens aconteceu porque estava sendo realizado um processo de contratação das empresas de ônibus. Ele contou que o processo está sendo concluído e espera que até o meio da semana tudo seja normalizado. Ele ressaltou que a intenção é mesmo regularizar a situação dos imigrantes.

Autor: Maurício Rocha