De acordo com o laudo, a ligação das duas avenidas poderia comprometer o principal prédio histórico do município, o antigo cadeião. A construção é de 1912 e já abrigou a Câmara Municipal, o Fórum e a Cadeia Pública. Além disso, o primeiro prédio público do município está construído ao lado do que era a Lagoa dos Patos, que dá nome a cidade.
Além disso, a realização da obra dependeria da demolição da casa de Doutor João Borges e da própria rua Dona Zélia que fazem parte do Inventário do Patrimônio Histórico do Município de Patos de Minas. Isso sem falar na Praça Juquinha Caixeta que também está protegida pelo inventário e na Praça Dom Eduardo que também estaria comprometida com o movimento de carros.
O laudo do Ministério Público vai ao encontro do pensamento dos historiadores do município que também são contrários a interligação das duas avenidas. De acordo com Geenes Alves, historiador do município de Patos de Minas, os bens citados são importantes para a preservação da história do município.
Outro ponto que pesa contra a ligação das duas avenidas é a falta de um estudo comprovando a necessidade da obra. Para os técnicos do MP, além do custo elevado, ligar a avenida Paracatu à avenida Getúlio Vargas não traria nenhum benefício ao trânsito da cidade.
Com o laudo dos técnicos do Ministério Público em mãos, o promotor Paulo César de Freitas encaminhou nova recomendação aos vereadores para que eles se abstenham de aprovar qualquer projeto que seja para a interligação das duas avenidas.
Enquanto o impasse continua, o prédio centenário do antigo cadeião segue abandonado. Desde que a delegacia da Polícia Civil foi transferida o imóvel está abandonado e precisando de uma restauração já que, na época, o telhado ameaçava desabar. As obras do prédio da esquina que deveriam estar adiantadas também seguem paradas.
Autor: Maurício Rocha
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