O casal de Patos de Minas que brigava na Justiça para ter o direito de registrar a filha recém nascida com o nome de Amora já pode realizar seu desejo. O juiz da 1ª Vara Cível, José Humberto da Silveira, decidiu favorável ao pai e mãe. O parecer do Ministério Público era contrário.

Márcio Silveira Lopes e Tatiana Motta Lopes passaram dois anos tentando ter o primeiro filho. O casal preparou tudo com muito carinho, escolheu o nome assim que descobriu o sexo do bebê, mas levou um susto na hora de fazer o registro. Os funcionários do cartório informaram que eles não poderiam dar à filha o nome de Amora. Os servidores se basearam em uma lei que proíbe registrar nomes que possam ridicularizar a pessoa no futuro.

Mas o casal não desistiu. Márcio e Tattiana foram à Justiça em busca do direito de escolher o nome do próprio filho. O Ministério Público foi contrário e também usou a lei de registro público e pareceres anteriores para tomar a decisão. O promotor de justiça Hamilton Ramos disse que o nome Amora pode trazer transtornos para a criança.

No início da noite desta sexta-feira (30) veio o resultado que toda a família esperava. O juiz José Humberto da Silveira decidiu que a criança pode sim receber o nome de Amora. Ele apenas fez uma ressalva com relação à formação do nome. Ao invés de Amora Mota Lopes, o magistrado determinou que a criança fosse registrada como Amora Lopes Mota.

O resultado trouxe um alívio para o casal que já estava com todo enxoval pronto e bordado com o nome da criança. Se o Ministério Público não recorrer da decisão, Amora poderá ser registrada nos próximos dias.