Apesar da saída pacífica, os invasores deixaram um rastro de destruição para trás.

A ordem de reintegração de posse determinada pela Justiça para o conjunto habitacional invadido por sem-terra e sem-teto no bairro Jardim Esperança ainda não foi cumprida, mas a desocupação já aconteceu de forma espontânea quase que por completo. Entretanto, os que foram embora deixaram para trás um grande prejuízo. Quase todas as casas foram danificadas e o aspecto do conjunto habitacional é de abandono.

Das 100 casas edificadas no conjunto habitacional e invadidas em meados de julho, apenas sete continuam ocupadas. As demais famílias que habitavam o local, inclusive os trabalhadores sem-terra, deixaram os imóveis assim que foram informados da decisão judicial da reintegração de posse. Apesar da saída pacífica, os invasores deixaram um rastro de destruição para trás.

Todas as casas desocupadas foram danificadas. Algumas foram incendiadas, causando estragos em toda a estrutura. Em muitas o teto revestido de gesso terá que ser refeito. Não há uma única porta intacta, todas foram danificadas, inclusive uma foi toda perfurada com golpes de facão. Também não restaram janelas. As que não foram furtadas, estão quebradas. Equipamentos que já estavam instalados, como vasos sanitários também foram levados.

O Governo Federal investiu R$2.314.534,81 para a construção das 100 moradias através do Programa de Modernização dos Espaços Públicos. A obra foi iniciada em 2012 e vinha sendo acompanhada pela Prefeitura. Segundo o procurador do município, Damião Borges, mais de 90% do projeto já estava concluído. Com os estragos provocados pela invasão, o poder público terá que desembolsar um volume maior de recursos.

Após a conclusão da retirada dos invasores, os imóveis passarão por uma vistoria da Caixa Econômica Federal, que emitirá um laudo para a continuidade das obras. As 100 famílias que irão ocupar o conjunto habitacional já foram selecionadas. Elas fazem parte do Plano Municipal de Desocupação das áreas de risco localizadas nos bairros Jardim Paulistano e Vila Rosa.

Autor: Maurício Rocha