Feita artesanalmente e com vários detalhes, a garrucha calibre 22 possui a alça do cão, uma peça no formato da cabeça de jacaré, o cabo e a coronha feitos de ouro. Após denúncias anônimas, ela foi apreendida no carro de Jean quando o encarregado de obras trabalhava na construção de um prédio na avenida Getúlio Vargas, próximo à Rua Prefeito Camundinho.
Jean relatou para a autoridade policial que usava a arma para matar animais domésticos como galinha e porco. Ele se defendeu dizendo que a garrucha não era para defesa pessoal e que ela estava no carro porque ladrões já haviam invadido a casa dele e estava com medo de ter o bem furtado. Ele contou que a arma foi uma herança do pai.
A arma foi periciada nesta segunda-feira (20) e ficou comprovado o seu funcionamento. Ela foi lacrada e ficará em um cofre à disposição da justiça. Jean pagou uma fiança de R$1.450,00 e vai responder o processo em liberdade. Ele já constituiu advogado que além de se defender do processo criminal, lutará para reaver a propriedade do bem.
Como a garrucha, chamada de “garruchão”, não possui registro, a lei determina que, após o processo judicial, ela seja encaminhada para o Exército para a destruição. Jean já havia tentado registrar a arma na Polícia Federal, porém não conseguiu porque ela não possui número de série. O procedimento seria buscar um fabricante de arma para inserir a numeração.
Em contato com um fabricante de peças de ouro da cidade, ele contou que atualmente os 318 gramas de ouro bruto, caso seja 18k, ficaria em torno de R$23.000,00. Lapidado como está, este valor pode ser multiplicado por três vezes, chegando a quase R$70.000,00. Isso sem contar o valor de estima da arma, já que foi feita há vários anos e passada de pai para filho.
Autor: Farley Rocha
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