O Hospital Regional Antônio Dias deverá responder a uma série de ações na Justiça. A partir desta semana os advogados dos casais que tiveram as filhas trocadas na maternidade, em 1972, devem começar a protocolar os pedidos de indenização para reparar os danos causados.

De acordo com o advogado César Augusto Moura Gonzaga, o Estado deverá pagar pelos transtornos causados às duas famílias. Carmem Lúcia Pereira Silva, por exemplo, a balconista que descobriu, depois de 36 anos, que não é filha da dona Carmem e do Sr. Domingos que a criaram, perdeu a chance de ter uma vida melhor. O advogado César Augusto vai alegar na justiça que ela perdeu muitas oportunidades sendo criada em uma família diferente.

E depois do DNA comprovando a troca, Carmem teve problemas na gestação e perdeu o bebê, passou a precisar de apoio psicológico e por tudo isso acabou ficando sem emprego. Sem falar na desconfiança que os pais tiveram que enfrentar e nas dificuldades de agora.

O advogado disse que casos iguais a este renderam às vítimas indenizações de aproximadamente R$ 200 mil e este deverá ser o valor pretendido na ação. Além de Carmem, a Maria Helena Silva Maciel, a outra pessoa envolvida na troca e os pais deverão ingressar com ações na justiça nos próximos dias.
Se as duas filhas e os dois casais que tiveram suas vidas transformadas pela troca das filhas na Maternidade do Hospital Regional em 1972 conseguirem ganhar as ações na Justiça o Estado terá que desembolsar quase R$ 1 milhão para pagar as indenizações.