A família da dona Rivânia Martins foi levada para a Escola Municipal Frei Leopoldo.

O conjunto habitacional com 100 casas populares no bairro Jardim Esperança foi planejado exatamente para abrigar famílias que moram em áreas de risco em Patos de Minas. Seis anos depois dos recursos liberados, no momento em que o município mais precisa, a construção permanece cercada de incertezas. A família que teve a casa invadida pelas águas e que foi levada às pressas para uma escola da cidade é uma das beneficiárias do conjunto habitacional.

O Governo Federal liberou mais de R$ 2,5 milhões para construir o conjunto habitacional através do Programa de Modernização de Espaços Públicos. O Projeto é de 2010 e as obras foram iniciadas em 2012, mas a construção enfrentou inúmeros transtornos. Para piorar a situação, em julho do ano passado, as casas populares que já estavam quase concluídas foram invadidas.

A Justiça determinou a reintegração de posse e a desocupação dos imóveis. A ordem ainda não foi cumprida, mas os invasores decidiram sair por conta própria. Quase todas as casas foram desocupadas e agora a situação é de abandono. Todas as moradias foram danificadas por vândalos, algumas foram incendiadas, outras tiveram seus equipamentos furtados.

Enquanto o poder público não toma nenhuma providência, as famílias que deveriam deixar as áreas de risco para ocupar o conjunto habitacional continuam convivendo com a incerteza. A família da dona Rivânia Martins e do senhor José Mota de Oliveira, que é cego, foi levada para a Escola Municipal Frei Leopoldo, mas só poderá permanecer lá até o retorno das aulas no dia 03 de fevereiro.

Autor: Maurício Rocha