A Fábrica foi montada na década de 90.
Existem muitas maneiras de se jogar dinheiro fora. No caso dos recursos públicos, o desperdício pode ir muito além. Um exemplo disso está logo ali, em um dos galpões do Cristavo, em Patos de Minas. Uma Fábrica de Farinha completa e que nunca foi usada se deteriora com o tempo.

A Fábrica possui todos os equipamentos necessários para o beneficiamento da mandioca. São diversos motores, esteiras, fornos e uma estrutura gigantesca que ocupa um galpão inteiro nas dependências do Cristavo. O maquinário está montado, pronto para começar a funcionar, mas não há quem consiga dar uma solução para o caso.

A Fábrica foi montada na década de 90. Já se vão 15 anos e nenhum dos governantes que passaram pela Administração Municipal conseguiu encontrar uma forma de fazer a fábrica funcionar. A ideia inicial era fazer do maquinário uma extensão das atividades do Promam, produzindo farinha. Mas a legislação mudou e o projeto se tornou inviável.

A ex-secretária municipal de desenvolvimento social, Neide Miquelanti, disse que tentou fazer a doação do maquinário para um Conselho de Desenvolvimento Comunitário, para melhorar a vida das pessoas no campo. Mas o jogo de interesse e as disputas existentes dentro dos próprios conselhos dificultou a conclusão do processo de doação.

Sem viabilidade para por a Fábrica de Farinha em funcionamento, a alternativa pode ser a realização de um leilão de todo o maquinário. O novo secretário municipal de desenvolvimento social, Cláudio Antônio Pacheco, que assumiu a pasta na última sexta-feira, é que ficará responsável por encontrar uma solução para o caso.

Autor: Maurício Rocha