A casa de Antoniel Borges Ribeiro, ao lado do lote onde era perfurado o poço, foi a mais abalada.
A explosão aconteceu no Bairro Cidade Nova no final da tarde dessa quarta-feira (28). Moradores escutaram o enorme barulho que tremeu toda a rua. Eles identificaram que o tremor partiu de um lote onde ocorria a perfuração de um poço artesiano. Cerca de 8 casas foram danificadas pelo tremor. Em uma delas, os moradores já foram orientados a encontrar uma nova moradia.

De acordo com a professora Márcia Reis, ela chegou em casa por volta das 18h30 e, após receber a notícia, percebeu os trincados no imóvel. Várias rachaduras estavam no passeio, muro, quarto e banheiro. O Corpo de Bombeiros foi acionado para registrar a ocorrência. A professora contou que teve que dormir em outro cômodo com medo de desabamento.

Cleuton Geraldo Silva, marido de Márcia, informou que o estrondo aconteceu por volta das 17h30. Os vizinhos suspeitam de que os funcionários que perfuravam o poço teriam usado explosivo. Os moradores informaram que a intenção deles era atingir 120 metros de profundidade, mas acabaram se deparando com uma rocha aos 30 metros e tiveram que usar o material para continuar a perfuração.

A casa de Antoniel Borges Ribeiro, ao lado do lote onde era perfurado o poço, foi a mais abalada. Ela teve rachaduras no passeio, muro, paredes e piso. Na cozinha, uma trinca se formou do piso ao teto, do lado interno e externo. As janelas foram deslocadas e outras trincas estão por toda parte da residência.

Percebendo o aumento nas rachaduras após a explosão, Antoniel disse que foi orientado a deixar o imóvel. Um engenheiro contratado pela empresa que perfurava o poço ficou de ir até o local para avaliar os estragos. Segundo os moradores, os responsáveis estariam dispostos a reparar os prejuízos. Um caminhão de mudança está sendo providenciado para deixar a casa.

Antoniel também suspeita que eles tenham usado explosivo na perfuração. Segundo ele, o tremor foi tão violento que danificou 8 casas, sendo quatro de um lado e quatro do outro. O asfalto também foi danificado. Uma engenheira da Prefeitura Municipal foi até o local e fez uma primeira análise nos imóveis. Ela vai retornar à tarde para fazer um relatório dos estragos e verificar se há riscos de desabamento.

A Polícia Militar de Meio Ambiente também compareceu ao local para avaliar as regularidades da obra. De acordo com o Sargento krigher, eles vão conversar com os responsáveis para verificar se a documentação está regular e se houve mesmo uso de material explosivo. A Perícia Técnica da Polícia Civil também deve ir até o local para analisar as causas dos danos.

Autor: Farley Rocha