A Prefeitura Municipal de Patos de Minas se reuniu na manhã dessa segunda-feira (18) com representantes do Senac, Senai, Sest/Senat, Senar, além do IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro) e balcões de emprego da cidade para tratar da oferta de cursos oferecidos pelas entidades para 2014. "O objetivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social é fazer um levantamento com os parceiros do número de cursos e vagas disponíveis para o próximo ano e colaborar, no que for preciso, com as instituições, no intuito de fomentar a qualificação profissional no Município", disse a diretora de Proteção Social Básica, Tânia Dannemann.

Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Cláudio Antonio Pacheco, o CadÚnico é o cadastro único que o Governo Federal utiliza para os programas sociais como bolsa-família, entre outros. Em Patos de Minas, são 16 mil pessoas cadastradas; dessas, 3.900 são de beneficiários do bolsa-família. No Cras (Centro de Referência em Assistência Social), são três mil pessoas incluídas no cadastro nacional do Ministério de Desenvolvimento Social.

De acordo com Reginaldo Natil, assessor de Desenvolvimento Econômico, é preciso se organizar para atender às demandas de emprego que, porventura, surgirem com a instalação de grandes empresas na cidade. “É o caso da Predilecta, Mart Minas, Casas Bahia e outras empresas que têm manifestado interesse em se instalar aqui”, disse.

Esse é o ponto de concordância entre todos os presentes à reunião. Para a maioria, a cidade precisa estar preparada para oferecer mão de obra qualificada ao mercado. A discordância, no entanto, ficou por conta da demanda. “Quem deve saber a necessidade é o setor de comércio e indústria”, salientou Rogério Kubijan, diretor do Senai de Patos de Minas.

Para ele, há casos de alunos que se qualificam na área de mecânica, por exemplo, mas, na hora de ir para o mercado de trabalho, vai trabalhar em outra função. “Já vi ex-aluno trabalhando de caixa em uma rede de supermercado, enquanto deveria estar na indústria. O que adiantou a qualificação, então, se ele está atuando em outro setor?”, conclui.

Outro problema identificado é o “choque” de cursos. Às vezes, duas entidades oferecem o mesmo curso competindo entre elas, a ponto de não fechar turma em razão da baixa procura.

O diretor do IFTM, Carlos Lemos, vê a necessidade de pesquisa com quem emprega. “A pesquisa seria de aptidão (alunos) e de necessidade (mercado de trabalho) para saber a demanda das empresas”, ressaltou.

Para o representante do Escritório Regional do Senar em Patos de Minas, Sérgio Coelho, a dificuldade em formar turmas muitas vezes esbarra no comodismo de pessoas beneficiárias de programas do Ministério de Desenvolvimento Social. “Ninguém quer perder o benefício, mesmo sabendo que o curso é uma forma de ela mudar de vida”, disse.

A Prefeitura Municipal de Patos de Minas se colocou à disposição das entidades como mobilizadora e parceira para a realização dos cursos. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social informou que a marcenaria e a panificadora da Fundação Promam podem ser usadas para ministrar os treinamentos.

O vice-presidente da Fiemg Regional do Alto Paranaíba, Lisandro Bicalho, destacou a importância da reunião, afirmando que nunca houve uma articulação nesse sentido de discutir uma proposta de trabalho conjunta. "Essa coordenação precisa ir além do Pronatec e se estender às demandas de qualificação de mão de obra do Município", salientou.

Todas as entidades têm até o final do mês para encaminhar suas propostas de cursos do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para o ano que vem.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Patos de Minas