O vendedor patense que tenta provar na Justiça ser filho de um padre da Igreja Católica vai ter que buscar novas provas para ter direito a herança deixada pelo sacerdote. O resultado do exame de DNA feito a partir de materiais colhidos de parentes do padre deu resultado negativo. A defesa já entrou com pedido de impugnação do exame e vai pedir um novo exame.

O caso que ganhou repercussão em todo o pais, começou no final de 2010, logo após a morte do padre Roldão Gonçalves Rodrigues. Um sobrinho do sacerdote teria procurado Fabrício Augusto Nascentes e revelado a história da paternidade. O vendedor, que até então não fazia ideia de quem seria seu verdadeiro pai, foi em busca da verdade.

No início da década de 80, Roldão Gonçalves Rodrigues era padre da Paróquia de Santo Antônio em Patos de Minas. Nessa época, ele teria quebrado os votos sacerdotais e tido um relacionamento amoroso com a mãe de Fabrício, fato mantido sob o mais absoluto sigilo até dezembro de 2011, quando o caso veio a público.

Fabrício acionou a Justiça para ter direito a herança do padre, que incluía imóveis, uma fazenda com uma gigantesca casa com 16 suítes, carro, joias e dinheiro. Antes ele realizou um exame de DNA que comprovou a paternidade. O resultado, no entanto, não foi aceito pela Justiça e um novo exame foi realizado.

No início os parentes do sacerdote estavam resistentes em oferecer material para a realização do DNA, mas acabaram cedendo. O resultado do novo exame foi divulgado esta semana e trouxe uma surpresa. Fabrício não é filho do sacerdote. O caso, no entanto, ainda está longe do fim.

Com a confirmação da mãe e de tantas evidências da paternidade, Fabrício entrou com um pedido de impugnação do resultado do DNA feito a partir de materiais colhidos de parentes do padre. Ele quer a realização de um novo exame, feito com base em materiais colhidos diretamente do suposto pai. Para que isso aconteça, a Justiça deverá autorizar a exumação do corpo do padre Roldão.

Autor: Maurício Rocha