Uma investigação deve ser feita para descobrir quem teria dispensado o material no local.

Um verdadeiro desrespeito e crime ambiental. Isso foi o que a Polícia Rodoviária encontrou às margens da BR 365, próximo ao Córrego Aragão. Dezenas de galões de produtos tóxicos estavam amontoados às margens da rodovia nessa quinta-feira (07). As embalagens são de devolução obrigatória e muitos são extremamente tóxicos.

De acordo com o Inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Sérgio Pereira, as cerca de 100 embalagens foram vistas no local pela manhã. Foi acionado o órgão responsável pelo recolhimento e uma investigação deve ser feita para saber quem teria dispensado os galões naquele local. Ele explicou que o fato constitui crime ambiental.

O policial rodoviário, Rômulo Rafael, fez fotos dos produtos e registrou uma ocorrência para repassar para a Polícia Civil que deve proceder uma investigação. São fungicidas, inseticidas, pesticidas e defensivos agrícolas de mais de 15 variedades. A maioria com o símbolo da caveira que mostra o quanto os produtos são prejudiciais à saúde.

A coordenadora da Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado-ADICER, Luiza de Araújo e Silva, responsável pelo recolhimento das embalagens, também esteve ao local para verificar a situação. Os revendedores Porteira Rural e Terrena disponibilizaram os veículos e pessoal para recolher as embalagens.

Luiza ressaltou que as embalagens devem obrigatoriamente ser devolvidas acompanhadas da Nota Fiscal. A legislação ainda obriga o comprador a fazer a tripla lavagem e furar os galões para evitar sua reutilização. O ponto de coleta da ADICER fica siatuado próximo ao Presídio Sebastião Satiro. Ela contou que é difícil descobrir o autor do crime, mas é possível.

A coordenadora  disse que pelo número do lote dos produtos pode se chegar ao comprador. Ela ressaltou que os produtos naquele local poderiam contaminar o solo e ainda a água do Córrego Aragão que fica a poucos metros dali. Animais também poderiam ser intoxicados com as embalagens. Anda não se sabe quem teria jogado as embalagens por ali.

Autor: Farley Rocha