Patos de Minas registrou mais um caso de abuso sexual de criança na manhã desta quinta-feira (22). Uma menina de 10 anos de idade denunciou que vinha sendo molestada e obrigada a praticar sexo com um homem de 46 anos, que acabou sendo preso em flagrante. A mãe da garota, uma mulher de 27 anos, também foi conduzida para a Delegacia acusada de ser conivente com os abusos.
Foi o jardineiro da escola onde a menina estuda que ajudou a elucidar o caso. Ele reparou que a garota estava chorando e foi ver o motivo de tanta tristeza. No meio da conversa, a estudante acabou confidenciando que vinha sendo molestada e abusada sexualmente. A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados de imediato para cuidarem do caso.
Segundo o sargento Anísio, a menina disse que vinha sendo molestada há cerca de um ano por um amigo de sua mãe. O homem de 46 anos oferecia dinheiro e doces e em troca obrigava a menina a tirar a roupa e praticar sexo oral com ele. Os abusos aconteciam na casa do autor no bairro Jardim Paulistano. A menina afirmou ainda que já praticou sexo com o homem, que foi preso pouco depois.
Na delegacia o acusado, Márcio Silva Morais Vieira, de 46 anos, negou qualquer envolvimento com a menina. Ele disse que passou muitos anos de sua vida cumprindo pena por outros crimes e que não teria coragem de sujar o nome com um crime como este. Márcio já possuía um mandado de prisão em aberto.
A mãe da menina, K.C.A.S, de 27 anos, que também possui extensa ficha criminal, foi presa em flagrante. Segundo o sargento Anísio existem indícios de que ela sabia dos abusos e nada fez para proteger a garota. A mulher nega as acusações. A Polícia Civil vai dar prosseguimento às investigações. O Conselho Tutelar levou a menina ao Hospital Regional para constatar se houve realmente os abusos e ficou constatado que o hímen da garotinha foi rompido.
Diversos casos de abuso sexual foram registrados nos últimos dias em Patos de Minas. Considerado crime hediondo, o estupro de vulnerável tem pena prevista no Código Penal de oito a 15 anos de reclusão. As autoridades orientam às pessoas a denunciarem.
Autor: Maurício Rocha
