De acordo com Pedro Gabriel, recebeu o documento na última quinta-feira (26) pedindo para avaliar o atendimento prestado ao pai.
Um patense está indignado com uma situação que pode ser uma grande fraude. A descoberta aconteceu após o filho receber um documento do Sistema Único de Saúde pedindo para avaliar como foi o atendimento clínico do pai. A surpresa foi que o suposto tratamento teria acontecido quando o pai já estava morto e sem nunca ter sido tratado em Uberlândia.

Pedro Gabriel Soares está tentando apurar o que aconteceu. De acordo com ele, recebeu o documento na última quinta-feira (26) pedindo para avaliar o atendimento prestado ao pai. Ao ver o conteúdo, ele já teve a certeza de que alguma coisa estava errada. O documento fala que o pai, Milton Soares Cardoso, 64 anos, havia sido atendido no dia 1º de Abril deste ano.

Mas este tratamento era impossível, uma vez que o pai falecera no dia 22 de março e já se encontrava sepultado. Outro fator que chama a atenção foi que o tratamento no valor de R$ 1.160,00 aconteceu no Ambulatório Amélio Marques em Uberlândia e o pai de Pedro nunca se tratou naquela cidade. “Meu pai faleceu no Hospital Regional em Patos de Minas”, ressaltou.

Pedro contou que acionou a imprensa e vai entrar na justiça para saber o que realmente aconteceu. Ele disse que também entrou em contato com os responsáveis em Uberlândia, mas a resposta não foi nada convincente. “Eles deram uma desculpa e pediram para não acionar a imprensa”, contou. Ele quer uma resposta da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia.

Para ter ainda mais certeza do erro, como o pai foi doador de órgãos, Pedro também entrou em contato com o coordenador do MG Transplantes, Thompson Palma, e a resposta foi no mesmo sentido. “Tenho certeza que foi fraude”, salientou Pedro. Ele também contou que outros casos também já teriam sido descobertos. “Alguém está ganhando em cima do SUS”, suspeitou.

Pedro disse que os responsáveis tem o número do telefone dele e espera que eles entrem em contato para explicar o que aconteceu. “Eu falei com eles, mas depois disso ninguém me atende mais”, concluiu. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia e eles ficaram de enviar uma resposta.

Autor: Farley Rocha