A presidência do Conselho Municipal de Segurança Pública de Patos de Minas produziu um documento demonstrando preocupação com a demora na implantação do “Olho Vivo” na cidade. A previsão é de que o projeto seja desenvolvido numa parceria entre a Prefeitura, o Governo de Minas e a Polícia Militar.

O Projeto Olho Vivo consiste no videomonitoramento de imagens geradas por câmeras estrategicamente distribuídas em regiões com altos registros de ocorrências de criminalidade contra o patrimônio. Constitui-se uma ferramenta importante para a prevenção e repressão deste tipo de criminalidade nas áreas instaladas. Em Belo Horizonte, a iniciativa reduziu substancialmente os índices de criminalidade.

Para Patos de Minas, o Governo do Estado disponibilizou 18 câmeras de monitoramento para serem instaladas na região central da cidade e todos os equipamentos necessários para a implantação do Projeto “Olho Vivo”. A Prefeitura ficou responsável por fornecer o local para a instalação da base de operação e os profissionais para realizarem as ações que seriam supervisionadas por um policial militar.

A preocupação do presidente do Conselho de Segurança é com a demora da Prefeitura para iniciar o processo de seleção do pessoal e para disponibilizar o espaço para a instalação da base. Segundo Fernando Diniz, o projeto foi elaborado levando em conta que a base de operação seria instalada no Projeto Saci, onde funciona atualmente o Centro Vocacional Tecnológico, que teria de ser deslocado para outro lugar.

De acordo com o presidente do Conselho, o Governo já deu entrada no processo licitatório para a aquisição dos equipamentos, mas a demora da Prefeitura pode dificultar a implantação do Projeto Olho Vivo na cidade. “O Município ainda não disponibilizou o espaço do CVT para abrigar o centro integrado de atendimento e despacho envolvendo Polícia Militar, Bombeiros, SAMU e projeto olho vivo e também não disponibilizou os funcionários para trabalhar no projeto olho vivo, tampouco sinalizou quando serão contratados ou empossados tais funcionários”, desabafou o presidente do Conselho.

O presidente do CONSEP teme que a 86ª Companhia da Polícia Militar tenha que ser retirada do Projeto Saci para a instalação do Projeto Olho Vivo. Nesse caso, a unidade policial seria levada para dentro do 15º BPM, o que na visão de Fernando Diniz significaria um prejuízo para toda a comunidade.

Autor: Maurício Rocha