O presidente da “Associação Jairo Pinto de Oliveira”, Paulo Antônio Freitas, disse que a manifestação é para que os órgãos de segurança ofereçam mais tranquilidade aos comerciantes. “O manifesto é para salvar vidas e permitir que todos trabalhem com segurança”, informou. Os manifestantes chegaram a interromper o trânsito, mas a PM os orientou a deixar o trânsito livre.
De acordo com o Ten Tafuri, responsável pelo setor, a Polícia Militar apoia a manifestação dos comerciantes e moradores, mas a interrupção do trânsito estaria ferindo o direito de ir e vir das pessoas e isso poderia surtir um efeito negativo. Ele também falou que aumentar o policiamento no local não vai resolver o problema da falta de segurança.
O policial argumentou que, mesmo colocando mais policiais no patrulhamento do setor, em certo momento não vai haver policiais e os bandidos vão acabar atacando. Ele informou que a melhor forma de garantir a segurança é tomar medidas colaborativas, como os próprios comerciantes e moradores acionarem a Polícia Militar quando notarem um suspeito. “Um ajudando o outro”, sugeriu.
No entanto, o proprietário de uma lanchonete próxima ao assalto não ficou nada conformado com a informação do policial. João Carlos disse que já foi ameaçado e vários comércios na rua foram assaltados nos últimos dias. Indignado com a violência, ele falou que vai ter que fechar o comércio mais cedo porque não tem jeito de trabalhar.
Com relação ao tiroteio ocorrido entre um segurança e os bandidos, a Polícia Militar também não achou positivo. O Ten Tafuri orientou que poderia ter terminado com mais vítimas de homicídio em Patos de Minas. A assessoria de comunicação do 15º BPM enviou um alerta para a população nesta terça-feira (17) pedindo para a população nunca reagir a assaltos.
“Não reaja durante um assalto. Por mais difícil que possa ser, mantenha-se calmo! Algumas mortes de pessoas ocorreram porque a vítima fez gestos bruscos, que foram traduzidos pelo criminoso como uma reação contra ele. Lembre-se de que o assaltante está atrás do dinheiro ou pertence de valor, e costuma atirar somente quando fica assustado ou acuado”.
Autor: Farley Rocha
