A Casa de Promoção Humana abriga principalmente os migrantes que chegam a Patos de Minas e não tem onde ficar. São pessoas que viajam de cidade em cidade em busca de emprego e de uma vida melhor. Muitos são moradores de rua e, até a semana passada, recebiam passagens da Prefeitura para voltarem para a cidade natal.
Há alguns dias, o Patos Hoje mostrou o trabalho social que é realizado na cidade. O problema é que o Programa Migrante Morador de Rua foi cortado. Sem a passagem de volta para a cidade natal, os migrantes acabam permanecendo em Patos de Minas. Em apenas uma semana, o número deles na Casa de Promoção Humana dobrou.
As camas e colchões existentes na casa já não são suficientes. Muitas pessoas estão dormindo no chão. Júlio, coordenador da Casa de Promoção Humana, explica que esta noite teve que espalhar colchões de tal forma que ficou impossível levantar para ir no banheiro. O espaço destinado para 16 pessoas já está com mais de 30.
Além da falta de colchões, a casa enfrenta problemas também para alimentar tanta gente. Júlio mostra a dispensa praticamente vazia. E os pedidos de abrigo não param de chegar. De acordo com a assistente social, Justina Gonçalves dos Anjos, a casa tem abrigado também pessoas que vem de outras cidades para fazer tratamento em Patos de Minas. Ela explica, no entanto, que não há espaço para tanta gente.
A casa, no entanto, não nega abrigo. Júlio quer trocar as camas que existem no lugar por beliches, permitindo abrigo para um número maior de pessoas. Eles também vão realizar uma campanha para arrecadar alimentos. Visitas de casa em casa serão feitas. Quem puder contribuir com a Casa da Promoção Humana pode encaminhar as doações para a rua Vereador João Pacheco – 632 – bairro Várzea – o telefone para contato é o 3823 6087.
Autor: Maurício Rocha
