“Menina”, “Safira”! Em 40 dias de estadia na entrada do Pronto Socorro do Hospital Regional, a cadelinha ganhou mais de um nome. Ela chegou aqui junto com o dono adoentado. A vontade do animal era de entrar e acompanhar o tratamento, mas foi impedida e por ali ficou. Mal sabia ela que o seu criador não voltaria mais. Ele morreu e ela ficou a esperar.
Segundo os funcionários do hospital, não há quem consiga retirar “Safira” dalí. A cadelinha já foi levada para um abrigo, mas voltou e permanece em uma espera sem fim para receber o dono que não virá mais. E ai de quem atente contra o hospital. Safira é bem mansa, não incomoda com quase nada, mas reage sempre que há uma ameaça aos servidores.
“Ela protege o hospital e protege os funcionários também”, afirma a atendente do Pronto Socorro. A lealdade da cadela também conquistou a todos por aqui. Safira já ganhou um cobertor e não passa fome. Sempre vem alguém e oferece algo de comer e beber. Os próprios pacientes já estão se acostumando com a presença da cadelinha.
E também não há muito o que fazer. Safira não aceita os abrigos e parece acreditar fielmente que o seu dono vai voltar. Resta saber até quando a cadelinha terá condições de esperar.
Autor: Maurício Rocha
