Meu avô que gostava de contar histórias, como todo avô, certa vez me contou de um sujeito que nasceu e cresceu numa cidade mais interiorana do Brasil.
Quando menino, a família do sujeito passava por apertos e privações como todas as famílias da cidade, portanto, tinha que trabalhar para ajudar a família, mas ele na vontade de antecipar o resultado resolveu roubar uma galinha do vizinho.
Ao chegar em casa e entregar a galinha à sua mãe, ela questionou de onde veio, ele rápido e rasteiro respondeu que recebeu o animal em troca de serviços que tinha prestado a um lavrador pela manhã.
Mais tarde, a mãe repassou a história ao pai que ficou orgulhoso do filho e satisfeito com a refeição.
A satisfação de ter se safado ileso foi maior que a culpa que deveria sentir pelo ato desonesto.
No outro dia ao se gabar aos seus amigos, alguns não gostaram e resolveram se afastar, já outros gostaram da ideia e incentivaram o próximo roubo com a proposta de participar.
Agora com equipe e liderando o grupo, ele pode continuar de forma mais elaborada e com possibilidades de cobertura.
Passou o tempo e quando as coisas começaram a apertar resolveram cometer os delitos nas cidades vizinhas para amenizar as suspeitas, daí ao invés de apenas comerem escondidos passaram a ter as suas próprias criações.
Sempre que passava algum aperto fazia logo uma galinhada ou presenteava o questionador com uma bela galinha e aos mais sorrateiros confessava e o convidava para o bando.
Assim, com o apoio de boa parte da população da cidade, alguns por cumplicidade, outros por ficarem felizes pelos almoços fartos com carnudas galinhadas, os roubos foram ficando cada vez mais frequentes.
O problema é que a confiança do esperto foi aumentando, e ele todo dono de si, já não se dava ao trabalho de ir a outras cidades para roubar, já fazia por ali mesmo.
Então começou o disse me disse, a maioria sabia mas os que ainda não tinham sido roubados achavam e diziam “ah, eu não sofri prejuízo” portanto não tenho nada com isso.
A coisa estava tão descarada que um dia ele foi pego e preso, mas já tinha agradado a tantos repartindo algumas galinhas com quem realmente importava, para livrá-lo caso caísse em desgraça, que já sabia que estava tudo garantido.
Esse caso aconteceu a muito tempo e sempre que alguém toca no assunto, boa parte de quem lembra não fala dos roubos e desonestidades do rapaz, só se gaba com saudade do quanto comeu daquelas galinhadas, sem se importar ou sem saber que contribuía diretamente com os almoços e jantares promovidos pelo sujeito gente boa.
No final da história perguntei ao meu avô o nome do rapaz, ele disse que não sabia e que só se lembrava do apelido, que devido às suas práticas era Galináceo.
Pauloentrando
27/03/2021 08:56Grande bosta.
Junim
25/03/2021 11:16Deixa a fantasia para a literatura infanto-juvenil ou mesmo infantil, a realidade política de agora é dez vezes mais trágica! Trezentas mil pessoas perderam a vida e outros milhares perderam o emprego. Um presidente inepto ocupa o maior cargo do Brasil e conseguiu desunir todos os seguimentos. Até a ciência foi desacreditada! A fantasia dos defensores do Bolsonaro vai chegar até onde? Só lembrando, para quem não entende, fantasia é algo inventado, não é real, não existe, é uma mentira, é uma ficção, é algo criado de acordo com ideologias políticas, religiosas, sociais, culturais e etc!!!