O Prefeito Luís Eduardo Falcão parece ter perdido o contato com a realidade, e caminha para um SUICÍDIO POLÍTICO. No auge da pandemia em Patos de Minas, Falcão se recusa a fechar atividades não essenciais, mesmo sabendo que a variante de Manaus vai chegar com tudo, e causar estrago. Como se não fosse o bastante Falcão deixou de renovar o contrato de 40 profissionais de saúde.

             O número de contaminados em nossa cidade não para de aumentar, chegamos a ter todas as UTI’s lotadas, e não há vacina nem pra dez por cento da população. Por uma questão de lógica pura e simples, seria o momento de endurecer as medidas de combate a pandemia. Mas Falcão voa na contramão, é nesse momento que ele decide não endurecer as regras.

             Ao se recusar a limitar atividades não essenciais, o prefeito certamente está fazendo uma graça pra turma bolsonarista que o apoiou. O problema é que a pandemia não tem partido, o vírus não respeita discurso e ideologia. Principalmente o vírus que sofreu mutação em Manaus e já está em Uberaba, em breve ele chega aqui, se já não estiver entre nós. 

              Ao tentar agradar a turba de pequenos empresários bolsonaristas (e muitos negacionistas), o prefeito corre o grande risco de destruir sua carreira política na largada. Bolsonaro já está colhendo os resultados de sua omissão, a imagem do presidente está derretendo. Por outro lado, Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, impôs restrições duras em sua cidade, e viu sua popularidade decolar. Kalil foi reeleito em primeiro turno esmagando todos os concorrentes, e seu nome já é cotado para presidência. 

             A situação é simples, o povo pode até se revoltar com medidas restritivas num primeiro momento, mas com o tempo eles percebem quem estava preocupado com a preservação de vidas, e quem queria apenas agradar comerciantes reacionários e gananciosos. A história colocará cada um no seu devido lugar, uns ficarão na galeria dos que lutaram pra salvar vidas, outros irão pra lata de lixo dos negacionistas, irresponsáveis e acovardados. 

            Falcão, você está apenas começando, ainda há tempo para escolher como queres ser lembrado!

  Sobre o autor:   Eduardo Tavares é Técnico em Segurança Pública, atuou como agente humanitário voluntário no Senegal, África; foi tradutor voluntário da ONG humanitária africana “Vrai Cep”, e foi representante desta no Brasil, graduando em História, professor de Francês, e colunista de política e comportamento do Jornal Patos Hoje.