A Prefeitura de Patos de Minas decretou que não é mais obrigatório o uso de máscaras em locais públicos ou fechados. Mas quem estava obedecendo ao decreto anterior que obrigava o uso? Apenas comerciantes donos de lojas, padarias, supermercados, mercearias e outros, obedeciam ao decreto (por consciência, ou por medo de multa, acredito que muitos por medo das penalidades). Órgãos ligados ao estado também cumpriam a regra por motivos óbvios.

      Porém os bares, casas noturnas, estádios de futebol e outros congêneres funcionavam como se a pandemia de Covid não existisse. Isso era um verdadeiro deboche com quem obedecia ao decreto de Falcão, mostrando que a regra não é para todos, caso comum no Brasil desde sempre. Com isso a obrigatoriedade do uso de máscaras se tornava cada vez mais ridícula, pois em bares e casas noturnas com centenas de pessoas não havia praticamente ninguém usando máscara (no máximo os garçons), mas na padaria da esquina com cinco pessoas dentro, não se podia entrar sem o equipamento de proteção. Já não fazia sentido quando o risco de contaminação é diretamente proporcional ao número de pessoas no local, ou seja, uma padaria com cinco pessoas tem baixo risco, e era obrigatório o uso da máscara, mas no bar e na boate com cem pessoas ou mais, o acessório não era utilizado. 

           O decreto obrigando uso de máscaras havia se transformado em escárnio, algo feito apenas para mostrar que as autoridades municipais estavam “preocupadas” com a pandemia e tomando as “medidas necessárias”, mas que na prática não chegavam onde é mais preciso, as aglomerações! Deste ponto de vista o prefeito fez bem em revogar o decreto, pois a maioria do povo já havia percebido que se tratava apenas de papel sem grande efeito prático. Por falar em prefeito, recebi um vídeo de um jogo recente da URT, em que Falcão estava no meio da torcida, todo alegre e SEM MÁSCARA!

 

Observação: não sou adversário do prefeito, não pertenço a nenhum partido político, mas acredito que um decreto sanitário deve ser imposto a todos, ou pelo menos aos estabelecimentos com maior risco de contaminação, mas em nossa cidade estava acontecendo o contrário. Falcão o revogou, melhor assim. Sem hipocrisia, e sem cerimônia!