Minha coluna de ontem, aqui no Patos Hoje, repercutiu muito. Entretanto, um bom debate deve ser feito com honestidade. E, por isso, peço desculpas aos dentistas que ofendi. Muitos profissionais me procuraram e fiquei feliz com o retorno. Todos muito educados, mas duros em suas convicções – o que é ótimo. Não quero apenas tapar o sol com a peneira ou colocar panos quentes. Sempre fui uma mulher que honrou tudo o que fez e tudo o que disse. E agora não é diferente. Algumas palavras ganharam mais peso e, infelizmente, atingi de maneira inadequada uma categoria inteira. Reforço, apesar da polêmica, que meu ponto de vista sobre os exageros cometidos pela indústria da beleza continua o mesmo. 

Padre Antônio Vieira escreveu que os elogios corrompem, mas a crítica nos corrige. E ontem eu aprendi que, às vezes, há outras maneiras de se falar desse tema tão delicado e urgente. Sem ofender, sem atacar ou desmerecer. Muita gente concordou com o que eu disse; muita gente discordou. É o jogo democrático da liberdade de expressão. Só que a gente precisa ter humildade e dizer que, às vezes, erramos e falos de maneira muito entusiasmada, sem prestar atenção à forma como nossas palavras serão recebidas. Minhas sinceras, desculpas, dentistas. 

A maioria dos profissionais é integra e trabalha em Patos de Minas honestamente. E fico feliz que assim seja. Pode haver excessos, como há em tudo na vida, mas no geral todos são devidamente cobrados e preparados para exercerem sua função. Não questionei, no meu texto, a competência da categoria para fazer procedimentos estéticos. Todos sabem que há respaldo legal para isso e não há o que se discutir. Entendo que, minhas palavras, avançaram por um campo moral subjetivo e, portanto, aberto a interpretações difusas. Não é culpa de quem lê, que fique claro. 

Ressalto que esses profissionais merecem todo nosso respeito. E, obviamente, todos têm o meu. Para que não haja mais polêmica: peço desculpas aos que ofendi e ressalto que não tive a intenção de generalizar ou banalizar o serviço da categoria. Sei que, de boas intenções, o inferno está cheio, mas faço essa devida correção com total tranquilidade e com a certeza de que não extrapolei os limites da liberdade de expressão. 

Continuo aberta para discussões e troca de ideias. Não sou dona da verdade, por isso quero ouvir a todos, com atenção e pronta para aprender. O texto citado foi corrigido.