Pra quem tinha medo que o presidente miliciano pudesse dar um golpe e virar ditador, tenho ótimas notícias! Cada vez mais as Forças Armadas vêm mostrando que são leais ao país e não ao presidente de turno. E posso demonstrar isso com os fatos constrangedores que vem se desenrolando entre o governo do parvo Jair Bolsonaro e as tropas federais. A maioria absoluta dos oficiais generais das três armas não são idiotas como Pazuello, via de regra os generais são homens de certa cultura (ainda que militar), e possuem uma considerável capacidade de interpretar o contexto social em que estão inseridos. Isto dito, vamos aos fatos que mostram que o Exército, Marinha e Aeronáutica, não estão de acordo com o presidente boçal:

            No começo da pandemia no Brasil, em um evento no Rio Grande do Sul, Bolsonaro, como de costume, ignorou os protocolos de prevenção à Covid e tentou apertar a mão do Comandante do Exército Edson Leal Pujol, e o general recusou-se a apertar a mão do presidente, que é o Comandante supremo das Forças Armadas. O mesmo foi feito por outro general presente nesse evento. Nesse momento de início da pandemia o comando do Exército deixou claro que não estava de acordo com as posições negacionistas do presidente, e isto foi reforçado em diversas declarações do General enquanto comandante do Exército ao longo de 2020. Mas isso foi apenas um pequeno gesto, teve chumbo mais grosso nessa história.

              Como dito antes, o General Pujol era o que mais sinalizava estar em desacordo com o presidente, mas os comandantes da Marinha e Aeronáutica AINDA não tinham muito protagonismo nessa história. Bolsonaro estava em fúria contra o Comandante Pujol, e queria que o General Fernando Azevedo e Silva, Ministro da Defesa, o demitisse. Fernando Azevedo recusou-se a demitir o Comandante do Exército General Pujol. Em retaliação, Bolsonaro demitiu o Ministro da Defesa, e em consequência os comandantes das três Forças Armada pediram demissão em conjunto em março de 2021, em protesto contra a tentativa de Bolsonaro em usar as três forças armadas como massas de manobra política. 

               Cabe ressaltar que após a ditadura militar, foi a primeira vez que os comandantes das três armas pediram demissão de uma só vez. Ficava bem claro que havia uma profunda diferença entre o pensamento do alto comando e o que se passava na cabeça do presidente. Entre idas e vindas chegamos ao momento em que Pazuello, general da ativa e ex-ministro da pandemia, participa de ato em apoio ao presidente. E o que o alto comando do Exército decide fazer? Os generais do Estado Maior decidiram abrir um processo disciplinar contra Pazuello, um dos poucos generais simpáticos ao presidente. Isso mesmo, os generais comandantes das forças armadas estão punindo um general aliado do presidente da República! Mas o presidente, segundo a lei, é o comandante supremo das Forças Armadas, porém, o alto comando já não reconhece o capitão bunda suja como comandante. 

             Voltando ao assunto inicial, Bolsonaro sempre ameaçou dar golpe, mas para isso precisaria da força das armas, pois um golpe de estado é sustentado pelo ronco dos motores de tanques de guerra, e não pelo estralar desajeitado de motos mal reguladas. Assim sendo o presidente (por pouco tempo) pode continuar a fazer suas “motociatas”, e que aproveite enquanto pode. O fim está próximo!