COMPETE AO LEGISLATIVO fiscalizar os atos do governo nas três esferas de poder. Causa estranheza, portanto, uma Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada para investigar "ações e omissões do poder público federal no combate à pandemia", constitucionalmente dotada de "poderes próprios de AUTORIDADES JUDICIAIS", estar impedida de convocar o presidente da República.

Analogamente, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores também não podem convocar governadores e prefeitos. Pois bem. Nada impede, porém, que referidas autoridades, quando investigadas pelas respectivas casas legislativas, compareçam voluntariamente, ou se manifestem por escrito.

É essa, aliás, a atitude que se espera de qualquer um que se diga inocente, como é o caso do CANDIDATO JAIR (que de "cândido" não tem nada), a quem senadores endereçaram uma correspondência de três laudas. No documento, o Chefe Danação é instado a se manifestar acerca de mais um dos numerosos escândalos que assolam o governo federal: os superfaturamentos na compra de vacinas, revelados pelos irmãos Miranda à CPI da Cassação, dando ao investigado uma ótima oportunidade para se defender.

Em suma, nossos representantes no Congresso apenas questionaram o que toda a sociedade quer saber: sua excelência foi avisado das irregularidades em contratos celebrados na pasta da Saúde e na ocasião citou o possível envolvimento do líder do governo na Câmara dos Deputados? A resposta cabível é simples, objetiva e monossilábica: SIM ou NÃO.

Mas, numa reação pra lá de suspeita, Jair ficou assustado ao ponto de súbita e momentaneamente perder o controle do já comprometido sistema fisiológico excretor: "C***ei", admitiu em transmissão ao vivo de seu gabinete, onde se encontravam ao menos três testemunhas olfativas.

Não é apenas o candidato Jair que está temeroso com os significativos avanços da CPI. Como é praxe dos radicais, tanto de esquerda (ditos "progressistas") quanto da direita reacionária (boçalnaristas), responder com truculência sempre que confrontados com fatos desabonadores que tentam ocultar, com os atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica não seria diferente.

Após Omar Aziz lamentar que "fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo", o Alto Comando — aquele empossado depois de a junta anterior (foto) ter sido moralmente coagida a uma renúncia coletiva — emitiu uma nota de repúdio, ameaçando a Constituição que militares deveriam defender. A cúpula das Forças Armadas vestiu a carapuça e se posicionou na banda podre, junto ao Capitão Rachadinha.

 

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