Adriana Cristina Gonçalves com a cópia do processo.

O sonho de ter um sofá novo em casa se transformou em pesadelo para uma vendedora em Patos de Minas. O móvel, no valor de R$ 1.960,00, foi pago à vista, mas teria apresentado defeito antes do segundo mês de uso e ela acabou ficando sem o sofá e sem o dinheiro. O caso foi parar na Justiça e, mesmo tramitando no Juizado de Pequenas Causas, já dura oito meses.

Depois de reunir o dinheiro, a vendedora Adriana Cristina Gonçalves foi até uma renomada loja de móveis em Patos de Minas. “Eu foi até a Criativa por que eu queria um produto melhor”, explica. Ela escolheu o sofá, fez o pagamento de R$ 1.960,00 à vista e ficou aguardando o móvel. O prazer de ter um sofá novo em casa, no entanto, durou pouco.

De acordo com Adriana, no primeiro mês o tecido do sofá enrugou e o móvel começou a fazer um rangido que incomodava a todos. “Quando a gente sentava parecia que o sofá ia se quebrar”, afirma. Ela procurou a loja para fazer o conserto, o sofá foi recolhido alguns dias depois, mas o problema não foi resolvido.

Orientada pelo Procon, Adriana informou que em setembro de 2010 entrou com um pedido nos Juizados Especiais, mas o problema continua sem solução até hoje. Foi feita uma audiência de conciliação, mas não houve acordo e o problema persiste mesmo no tribunal de pequenas causas que deveria tramitar de forma mais rápida. A vendedora que já comprou outro sofá deseja receber o dinheiro de volta.

Entramos em contato com a loja e o proprietário da Loja, Gerônimo Ribeiro Neto, informou que, na época da reclamação, o móvel foi recolhido para ser avaliado pelo fabricante, que seria o responsável pela garantia, mas nenhum defeito foi constatado. Então, os funcionários da loja chegaram a devolver o sofá para Adriana, mas ela não quis recebê-lo daquela forma.

Fotocópia do sofá que foi ajuntada ao processo.

Neto informou que sem defeito no sofá, ele até propôs que ela poderia pegar outro sofá na loja pelo mesmo valor, mas ela recusou. Segundo ele, se ela quiser pegar hoje outro móvel na loja para resolver o problema, ela pode ir até lá que eles farão o negócio. No mais, Neto que está com o sofá guardado na loja vai esperar o transcorrer do processo para resolver o problema que já dura mais de um ano.

Autor: Farley Júnio