O Simpósio reúne técnicos, pesquisadores e empresários nacionais e internacionais para trocar experiências e buscar novos caminhos para o desenvolvimento científico do processo de extração do diamante. O encontro é realizado pela Sociedade Brasileira de Geologia – Núcleo MG e pela Universidade Federal de Minas Gerais e também visa comemorar os 300 anos da descoberta do diamante no Brasil.
Durante 150 anos, o Brasil foi o maior produtor de diamantes do mundo. A descoberta do mineral na África do Sul, o maior rigor da fiscalização nos garimpos e a crise econômica, principalmente em 2009, fizeram a extração desse mineral no país despencar de R$ 14 bilhões para apenas R$ 20 milhões. O momento, no entanto, é de recuperação para o setor.
A descoberta do potencial do kimberlito para a produção de diamantes enche o setor de entusiasmo. De acordo com o professor doutor da UFMG, Mário Chaves, que também preside o simpósio, o diamante está presente em cerca de 1% dessa rocha. Também conhecido como “rocha do diamante”, o Kimberlito pode ser encontrado em abundância nessa região. Os organizadores do encontro levaram para o Tetro Municipal diversos exemplares dessa rocha extraídos em Patos de Minas, Carmo do Paranaíba, Tiros e Coromandel.
Há de se levar em conta o esforço da indústria extrativista do diamante em atender a legislação. De acordo com o presidente regional da FIEMG, João Batista Nogueira, há um grupo de trabalho na região de Patos de Minas que tem atuado na recuperação de áreas degradadas e na legalização do garimpo de diamantes. Segundo ele, áreas afetadas pelo garimpo há dezenas de anos estão sendo recuperadas.
O representante do Ministério das Minas e Energia, Samir Nahass, destacou o trabalho feito pela indústria e informou que o governo tem se esforçado para autorizar a extração de diamantes. Segundo ele, no estado do Mato Grosso, onde o processo está mais adiantado, a documentação é liberada em poucos dias. Samir destacou, no entanto, que as regras precisam ser cumpridas e que a legislação é rigorosa.
Os participantes do simpósio estão otimistas. O encontro que acontece apenas de quatro em quatro anos começou nessa segunda-feira (04) em Patos de Minas e vai até quinta-feira (07).
Autor: Maurício Rocha