Foto: Otávio Ramalho

A área adquirida no bairro Eldorado parecia ideal para a construção da tão sonhada Cidade Administrativa de Patos de Minas. A Prefeitura e o Fórum da Justiça do Trabalho já estão funcionando lá, mas a Administração Municipal está encontrando dificuldades para viabilizar o projeto. O terreno acidentado demais e o difícil acesso são apontados como fatores que dificultam a atração de novos órgãos para o local.


A maquete é de impressionar. Três prédios de cinco andares abrigariam toda a administração municipal e um segundo prédio a Câmara Municipal. Vagas de estacionamento com fartura, espaços para abrigar outros órgãos e um viaduto gigante passando sobre a avenida Fátima Porto e ligando a avenida Piauí ao bairro Eldorado. Mas o projeto está longe de sair do papel.


De acordo com o vice-prefeito José Eustáquio Rodrigues Alves, apenas 20% do Projeto foi construído até agora e não há previsão de novas construções. Por causa do terreno acidentado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que já tem garantia de recursos no orçamento para construir o Fórum em Patos de Minas pediu a doação de um novo espaço.
A Justiça Federal, que também pretende construir seu Fórum em Patos de Minas, é outro órgão que não se mostra muito disposto a seguir para o local, assim como a Polícia Federal e o Ministério Público. O projeto prevê que todos estes órgãos façam parte de uma mesma estrutura na Cidade Administrativa.


Nem mesmo a Administração Municipal está com disposição para construir o restante da estrutura prevista no Projeto. O executivo patense enfrenta sérias dificuldades financeiras e não poderia bancar uma construção daquele tamanho. A Câmara Municipal também parece ter desistido do Projeto.


É por estas e outras razões que a ideia do empresário e advogado Arnaldo Queiroz de Melo Júnior, de construir uma Cidade Administrativa a custo zero em Patos de Minas, ganhou força esta semana. Ele propôs à Administração Municipal abrir um processo para receber doação de imóveis, como aconteceu com a UFU, para a construção das sedes dos órgãos públicos.


De acordo com o advogado, a Prefeitura poderia vender parte do terreno doado para construir as sedes do Poder Executivo e do Legislativo. Outros órgãos, como o TJMG e a Justiça Federal já possuem recursos para a edificação de suas estruturas. Já existe, inclusive, empresário interessado em doar o terreno.