A quadrilha atuou nos municípios de Patos de Minas, Arapuá, Tiros, Carmo do Paranaíba e Lagoa Formosa. Os estelionatários compravam gado e pagavam com cheques sem fundos e de contas encerradas. O que eles faziam para convencer os produtores a entregarem o gado, no entanto, chamou a atenção.
Primeiro, eles compraram animais e pagaram corretamente para ganhar a confiança dos pecuaristas. Só mais tarde é que eles começaram a comprar com cheques pré-datados. O produtor Joaquim Marques Ferreira vendeu 25 novilhas holandesas e recebeu um cheque no valor de R$ 47.050,00, claro, sem fundos. Para convencer o pecuarista a entregar os animais, o estelionatário indicou um agiota que trocaria o cheque. O senhor Joaquim ligou e teve a confirmação de que pegaria o dinheiro. Só que este agiota também era integrante da quadrilha.
O produtor Márcio Carlos Mesquita foi o primeiro a desconfiar da ação dos estelionatários. Ele vendeu 114 animais para os acusados e recebeu quatro cheques no valor de mais R$ 233 mil. Desconfiado, ele procurou o banco e descobriu que os cheques eram de contas encerradas. Ele então procurou a polícia para investigar o caso.
Nesse domingo (27) os investigadores da Polícia Civil conseguiram chegar ao gado levado dos pecuaristas. Cerca 230 animais estão abrigados em duas fazendas na região de Santana de Patos e uma na localidade de Boassara no município de Patos de Minas. O gado foi recolhido e levado para o Parque de Exposições para ser devolvido aos produtores.
20 vítimas foram identificadas até agora. Os produtores foram para o Parque de Exposições separar os animais e tentar recuperar parte do dinheiro perdido. E o número de vítimas pode ser maior já que teve produtor que não conseguiu encontrar seus animais entre os que foram recuperados pelos policiais.
De acordo com o chefe do 10º Departamento da Polícia Civil de Patos de Minas, Antônio Carlos Alvarenga, cinco pessoas foram identificadas até agora como integrantes da quadrilha. Um deles, segundo o delegado, tem passagem pela polícia por duplo homicídio e há também suspeita de envolvimento com drogas. Eles conseguiram fugir da ação dos investigadores e ainda não foram encontrados.
Autor: Maurício Rocha
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