O Gustavo ficou duas horas e meia em cima de uma maca na recepção do Hospital Regional. Ele sofreu um acidente e foi socorrido pelos Bombeiros.
Pacientes que procuraram o Hospital Regional Antônio Dias na noite desse domingo (05) tiveram que voltar para casa sem receber atendimento médico. A informação na portaria era de que não havia clínicos e nem cirurgiões para receber os doentes. Teve gente que acionou a Polícia Militar, registrou um boletim de ocorrência, mas acabou voltando para casa depois de esperar por mais de duas horas sem receber atendimento.

O Gustavo ficou duas horas e meia em cima de uma maca na recepção do Hospital Regional. Ele sofreu um acidente na avenida Marabá e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Na portaria recebeu a informação de que não seria atendido. O adolescente de 17 anos foi levado para a UPA da avenida Marabá e também não recebeu atendimento. Os familiares foram informados que o local não tem estrutura para receber este tipo de paciente.

Gustavo foi mandado de volta para o Hospital Regional e novamente não foi atendido. Com o adolescente clamando de dores pelas escoriações no corpo e na face, os familiares decidiram chamar a polícia. Eles registraram um boletim de ocorrência o que também não ajudou muito. Depois do longo tempo de espera, sem poder sequer entrar no Hospital, a mãe decidiu levar o filho para casa sem que ele recebesse atendimento.

O mesmo aconteceu com outros pacientes. O Reinaldo José da Silva sofreu um acidente no cruzamento da avenida Arlindo Porto com a rua Vereador João Pacheco. Com fortes dores na região das costelas, ele foi levado para o Hospital Regional. Foram horas de espera até que ele decidiu voltar para casa sem receber atendimento médico.

O sargento Braga do Corpo de Bombeiros disse que nunca havia presenciado uma situação como esta no Hospital Regional. Ele também teve que esperar na entrada do Pronto Socorro por que o paciente estava em cima da maca. “Se acontecer outro acidente, nos vamos ter que enviar outra unidade, que não é adequada, por que não tem jeito de ir embora sem resolver o caso desse paciente”, explicou.

Lucimar Maria Pereira, a mãe de Gustavo disse que estava se sentido frustrada. “A gente paga os impostos em dia e na hora que precisa acontece isso”, reclamou. “E se fosse um paciente mais grave, que precisasse de um atendimento de urgência, ia morrer aqui na entrada”, questionou. Ela disse que vai encaminhar o caso para o Ministério Público.

A redação do Patos Hoje entrou em contato com o Hospital Regional mas não obteve retorno.

Autor: Maurício Rocha