Agentes da Delegacia da Polícia Federal de Uberlândia amanheceram o dia em Patos de Minas. 32 homens e oito viaturas fizeram parte da “Operação Adamas” de combate à extração e venda ilegal de diamantes. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Duas pessoas foram presas e os policiais aprenderam armas e pedras de diamante.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal de Cuiabá, depois que os policiais federais descobriram que diamantes retirados de forma ilegal da reserva indígena Roosevelt chegavam até a região e eram vendidos para o exterior de forma clandestina. Além de Patos de Minas, a PF cumpre mandados em Belo Horizonte e Coromandel.

Em Patos de Minas, duas pessoas foram presas. As identidades dos dois homens não foram reveladas. Com um deles, os policiais federais encontraram uma espingarda e uma pistola calibre 22. Também foram apreendidas com os acusados, cinco pedras de diamantes de tamanhos variados.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Emerson Aquino, que comandou a “Operação Adamas” em Patos de Minas, os dois empresários presos serão encaminhados para o Presídio Sebastião Satiro e ficarão à disposição da Justiça Federal de Cuiabá. As armas e pedras preciosas também farão parte do processo.

A Reserva Indígena Roosevelt ocupa parte de Rondônia e do Mato Grosso. O lugar passou a ser conhecido depois da descoberta de uma das maiores minas de diamante do planeta. A reserva é habitada principalmente por índios Cinta Larga que vivem em conflito com os garimpeiros. A extração ilegal das pedras preciosas é comum nesta região.

A “Operação Adamas” tem o objetivo de reduzir a extração ilegal de diamantes na reserva Roosevelt. Os dois empresários presos em Patos de Minas podem ser condenados pelos crimes de danos à floresta de preservação permanente, extração ilegal de diamantes, usurpação de bens da união, receptação, formação de quadrilha e contrabando.