A partir de janeiro de 2009, Caixa Econômica Federal passa a operar com novas taxas nas modalidades de crédito comercial. O banco irá reduzir os juros de 21 linhas de empréstimo para pessoas físicas e jurídicas, em face da previsão de redução do seu custo de captação projetado para o ano de 2009.

Para a presidente do Banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, o bom desempenho da instituição neste ano motivou a redução significativa das taxas, principalmente para pessoa física. “Esse é um segmento em que a gente observa que tem tudo a ver com CAIXA”, defende.

No Penhor, por exemplo, a taxa de juros passou de 2,99% ao mês para 2,25%, um ajuste de 24,75%. No cheque especial, a taxa mínima foi de 1,47% ao mês para 1,37% a.m. e a taxa máxima reduziu de 7,98% a.m. para 7,49% a.m.

No consignado, a CAIXA reduziu em 16,38% a taxa de 2,99% ao mês, que passará para 2,50%. Para se ter uma idéia da economia para o consumidor, num empréstimo de R$ 1.000 e pagamento em 24 meses, a prestação diminuiu de R$ 60,68 para R$ 57,6, que representa 5,63% de redução. Vale destacar que a instituição trabalha com as menores taxas do INSS, dentre os maiores bancos.

Vale lembrar que mesmo com a crise financeira internacional a Caixa não elevou taxa de juros e não reduziu prazos, tanto para empréstimos a pessoa física, a pessoas jurídicas quanto nos financiamentos habitacionais. O ConstruCard, por exemplo, que é uma linha para financiamento de Material para construção para reformar, ampliar, adquirir armários embutidos, aquecedores solar, continua com o prazo de até 60 meses e taxa de 1,69% am. Nos financiamentos de veículos a taxa também não teve alteração, sendo esta a partir de 1,68% am e em até 60 meses.

Para pessoa jurídica, a redução em algumas operações pode ultrapassar a 12% das taxas de juros. Exemplo são o BNDES Automático e o Finame, cujas taxas passaram de 6,7% para 5,84% a.a., na máxima, acrescidas de TJLP. Já no CRED Frota, elas foram de 1,36% para 1,28% (mínima) e de 1,93% para 1,85% (máxima), uma redução de 5,88%.

No BCD Investimentos, direcionado para compra de bens de consumo durável, o banco reduziu as taxas maiores de 4,07% + TR para 1,95% + TR e a menor de 3,18% mais TR para 1,10% mais TR, um ajuste que chega a 43,58%.

Na Conta Garantida para Micro e Pequena Empresa, que funciona como um cheque especial, as novas condições apresentam uma alteração de taxa de juros máxima de 3,10% para 2,60% a.m, que gerou redução de mais de 16%.

O vice-presidente de Atendimento e Distribuição do banco, Carlos Borges, coordenou na semana passada, em Brasília, reunião com 78 superintendentes regionais para apresentar os resultados desse ano e definir as metas para 2009. A proposta prevê aumento de 24% nos empréstimos para pessoa física e 35% para jurídica, que resultará um montante de R$ 91 bilhões em crédito.

Até o final de novembro, a CAIXA já liberou recursos da ordem de R$ 64 bilhões em crédito comercial, um crescimento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente para pessoa física, os recursos somam R$ 30,6 bilhões, ante R$ 24,9 bilhões em 2007, o que corresponde 23% de crescimento. A meta é fechar o ano com R$ 33 bilhões em empréstimos.

Para pessoa jurídica, o banco desembolsou R$ 33,2 bilhões, 42,1% a mais do que os resultados obtidos no ano passado e a expectativa é alcançar a marca de R$ 36 bilhões até o final de 2008.

“O mercado calcula crescer em 20% no crédito comercial em 2009 e a nossa proposição é subir 30%, ou seja, crescer 50% acima do mercado”, completa Maria Fernanda Ramos Coelho.