Cerca de dois anos atrás o Rio Abate apresentava um nível de degradação preocupante. Quase 200 balsas e centenas de profissionais trabalhavam na extração de diamantes. A degradação ambiental ganhou manchetes em todo o país e representantes de órgãos ambientais criaram uma força tarefa para resolver o problema.

O primeiro passo foi interditar todos os garimpos no Rio Abaeté. Os responsáveis pelas empresas de extração de diamantes foram convocados para amenizar os estragos provocados no local. Eles assinaram Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério público e se comprometeram a recuperar as áreas degradadas. Além disso, os garimpeiros foram multados em cerca de R$ 700 mil para compensar os danos causados ao meio ambiente.

O trabalho, aos poucos, começa a apresentar resultados. De acordo com o promotor de justiça, Manoel Luiz de Andrade, a água que corria barrenta, hoje já apresenta a cor esverdeada natural. De duzentas balsas restaram apenas 20, que trabalham dentro da legalidade.

E a ação ainda vai possibilitar uma maior fiscalização no Rio Abaeté. O dinheiro das multas possibilitou a criação de uma sede para a Polícia Militar de Meio Ambiente no município de São Gonçalo do Abaeté. R$ 150 mil reais foram destinados para reformar o antigo laticínio doado pela Prefeitura. Os equipamentos, como viaturas, barcos e computadores, serão adquiridos pelo Governo do Estado.

A obra já está sendo realizada e o Quartel da PM de Meio Ambiente de São Gonçalo do Abaeté deverá começar a funcionar ainda este ano.