Com o apoio da Polícia Militar, funcionários da Prefeitura e conselheiras tutelares foram até a casa e encontraram o imóvel na Rua Agenor Maciel totalmente trancado. Após chamar pelos moradores e ninguém aparecer para abrir o cadeado, os funcionários solicitaram que um chaveiro abrisse o portão. Um tio do garoto também foi chamado para acompanhar o trabalho.
Para espanto de todos, mãe e filho estavam na parte dos fundos da casa em meio a uma grande quantidade de lixo. Segundo o diretor de Proteção Social Básica, Cláudio Antônio Pacheco, a casa estava tomada por materiais sem serventia. Os funcionários retiraram da casa latas, caixas de papelão, garrafas, pedaços de madeira e outra infinidade de objetos.
Um caminhão da prefeitura foi utilizado para transportar o lixo. De posse de um mandado judicial, o diretor informou que o trabalho de limpeza deve acontecer de quinze em quinze dias. O garoto que não está indo à escola também deve receber um acompanhamento psiquiátrico diário.
De acordo com as conselheiras tutelares, a primeira medida tomada foi a internação, porém a médica achou que essa não seria a melhor providência. “O garoto não é agressivo. Ele precisa ser acompanhado por uma pessoa responsável para que possa lhe dar seus medicamentos e assim controlar a síndrome”, afirmou uma conselheira.
Segundo ela, o garoto até possui outro lugar para ficar, porém ele não quer e sempre volta para o meio do lixo. A Mãe dele também tem a síndrome e acaba não lhe dando os medicamentos. A preocupação das conselheiras é que ele não está estudando e logo completará os 18 anos. “Desse jeito, não sabemos o que vai ser dele quando chegar à maioridade”, afirmou.
Autor: Farley Rocha
