O longo período de estiagem está fazendo aumentar o número de queimadas e os transtornos causados pelo fogo na região. Em Patos de Minas não chove desde o início de junho. Já são quase três meses de seca e os incêndios florestais se multiplicam. Preocupada com a situação, a Companhia Energética de Minas Gerias (CEMIG) iniciou uma campanha nos meios de comunicação para conscientizar a população.

De janeiro a agosto deste ano, a Cemig registrou 170 interrupções no fornecimento de energia em redes de distribuição provocadas por queimadas, cerca de 109 mil consumidores ficaram sem energia. No entanto, esse número aumenta significativamente até o fim do ano, especialmente em períodos de altas temperaturas e baixa umidade do ar. Para se ter uma ideia, no ano passado, ocorreram 529 desligamentos, que deixaram 433 mil consumidores sem energia.

No mês passado, por exemplo, uma das redes de transmissão de energia que atende a região de Ibiá, Campos Altos e São Gotardo foi atingida por uma queimada, deixando 34 mil consumidores sem energia, dos quais 21 mil tiveram o fornecimento de energia interrompido por mais de quatro horas. A Cemig teve que mobilizar 14 empregados, entre eletricistas, técnicos e engenheiros, e cinco veículos para localizar a falha e restabelecer o fornecimento de energia no menor prazo possível.

Com previsão de estiagem e baixos índices de umidade relativa do ar para os próximos dias, a CEMIG intensifica a campanha “Quem faz uma queimada pode perder o controle do fogo e causar um grande problema”. O objetivo é alertar a população sobre os riscos das queimadas. Para ajudar a diminuir os índices de focos de queimadas, a Cemig dá as seguintes orientações:

- fazer queimadas somente com autorização do IEF (0800 283 2323), Ibama ou órgãos competentes e de forma controlada, com a construção de aceiros e barreiras que impedem a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo;

- não jogar pontas de cigarro próximo a qualquer tipo de vegetação;

- apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata;

- não realizar queimadas a menos de 15 metros de rodovias, de ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.

A Cemig lembra que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. De acordo com a legislação, o indivíduo que cometer o crime ambiental terá que responder a processo, com possibilidade de prisão, e deverá pagar multa pelo dano ambiental causado.

Autor: Maurício Rocha